A Minha Sanzala

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26 de outubro de 2004

"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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Carta ao Zulmarinho 20-10-2004 14:09
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Conversas de Café
Me sento aqui debaixo de árvore secular, com os pés quase dentro da a´gua de um ribeiro que, se não parar aí em nenhuma represa, te vai chegar a ti. Saudades desse teu azul angelical de inocências perdidas em calemas despropositadas, saudades de estar a levar com os teus borrifos agarrado a uma loira gelada. Mas olha, foi coisa minha querer vir para longe de ti por uns tempos. Trouxe as loiras que me servem de limpadoras das saudades. Mas tenho saudades de ter os kambas sentados á minha volta.Te escrevo, mas não é por saudades. Te escrevo porque te quero ver diferente quando chegar à tua espuma imaculadamente branca beijando a areia fina da praia.Zulmarinho, sabes que sonho acordado com o teu início, que não vejo a hora de molhar os meus pés nessses inícios.Zulmarinho, se calhar estás a precisar de mais nadadores-salvadores, não para deixar os banhistas ficar a sofrer dentro da água, mas para não deixar os incautos nadar nos dias de calema. Zulmarinho, é necessário pôr a bandeira vermelha mal começa a calema.Zulmarinho, no teu mar tem de caber toda a gente e não pode haver selecção. Assim, os nadadores-salvadores não servem para atirar chumbo mas boias, com preferência não deixar entrar na calema.Zulmarinho, deixa beber uma geladinha aqui no mato.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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