A Minha Sanzala

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4 de maio de 2005

Prisões 40 - É Educação

"Fio": Prisões

carranca
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Tudo uma questão: Educação 02-05-2005 21:34
Forum: Conversas de Café
Não caiam telhas, nem o céu. Divago porque assim me apetece. É que hoje me apetece pouco por isso pensei pouco, só somei.
O problema está na educação.
Ninguém diz a uma criança do sexo masculino que as mulheres são perfeitas, nem mesmo que deveriam ser perfeitas e, muito menos, que ele devia esperar pela mulher perfeita.
Pelo contrário, a educação de uma criança masculina enfatiza, quando muito, quantidade, nunca qualidade. Para quê esperar pela mulher perfeita, se podes passar a rodo nas imperfeitas, que são muito mais divertidas?
Enquanto isso, as mulheres sofrem uma perversa lavagem cerebral: o paradigma do príncipe encantado é-lhes enfiado goela abaixo. Não interessa se é culta ou ignorante, pobre ou rica, todas as mulheres, num momento, terão que chegar a um acordo com o príncipe encantado: ou o rejeitam ou sucumbem. De qualquer modo, ele está sempre ali.
Antigamente, as mulheres guardavam-se primeiro para o príncipe e, depois, ou viravam solteironas, ou acabavam por se casar com meros plebeus.
Hoje, as mulheres divertem-se enquanto o príncipe não aparece, mas ainda assim planeiam, em determinado momento, montar residência fixa com o príncipe.
O princípio é radicalmente o mesmo: há sempre um ponto bem definido no futuro em que haverá essa tão esperada ruptura entre o presente imperfeito e uma espécie de êxtase que se seguirá ao encontro com o homem perfeito.
Os homens casam-se com as mulheres pelo que elas são ou, pelo menos, pelo que acham que elas são. Por isso, a sua principal reclamação é que elas mudam: quando casei contigo, tu não eras assim, não fazias isso, etc, estás a ficar com as mesmas ancas da tua mãe também!
Já as mulheres casam-se com os homens apesar de seus defeitos. É quase como que tivessem desistido de encontrar o príncipe encantado, mas não de fabricá-lo. Já que o príncipe não apareceu, eu mesma faço o meu, pronto!
voltarei assim me apeteça
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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