A Minha Sanzala

no fim desta página

11 de maio de 2005

Prisões 48 - Demografia parte não sei quantas

"Fio": Prisões

carranca
Respostas:
284
Visualizações:
5483
Demografia - parte qualquer coisa Hoje, 18:57
Forum: Conversas de Café
Nunca me tinha passado pela cabeça entrar num tema em que nada me passava pela cabeça, nem se quer o pensamento nele, e me aprisonasse assim. O Biafra é culpado.
citação:

Em 1970, o Clube de Roma, uma associação privada composta por empresários,
cientistas e políticos, encarregou um grupo de investigadores do Massachusetts
Institute of Technology da realização de um estudo sobre as tendências e os
problemas económicos que ameaçam a sociedade global. Os resultados foram
publicados em Março de 1972 com o título "Os Limites do Crescimento"
No estudo, compilaram dados sobre a evolução dos primeiros setenta anos do século XX sobre um conjunto de variáveis: população, a produção industrial e agrícola, a contaminação e as reservas mundiais conhecidas de alguns minerais. As perspectivas foram muito negativas. Como consequência da diminuição dos recursos naturais, desenhou-se, até ao ano 2000, uma grave crise nas produções industrial e agrícola que inverteriam o sentido da evolução. A população atingiria um máximo histórico e a partir do qual diminuiria rapidamente. No ano 2100 alcançar-se-ia um estado estacionário com produções industriais e agrícolas muito inferiores ao início do século XX e com a população humana em decadência.
A equipe do MIT introduziu modificações nos pressupostos iniciais para estudar como poderia ser modificado esse resultado. Se as reservas mundiais fossem multiplicadas por dois ou por cinco isso significaria apenas um adiar de dez ou vinte anos no resultado final. Esta viria então acompanhada de taxas de contaminação muito mais altas e a mortalidade consequente reduziria a população humana a níveis muito mais baixos.
A única modificação dos dados introduzidos que conseguiria eliminar a crise, consistia na igualização imediata das taxas de natalidade e mortalidade em todo o mundo e a paragem do processo de acumulação de capital, com uma paragem brusca nos gastos dos recursos e de modo menos contaminante.Pouco depois da publicação, pelo Clube de Roma deste estudo, os preços do petróleo e das matérias primas dispararam, e os países ocidentais viveram a mais profunda crise deste a Segunda Guerra Mundial. Foi nesta época que nasceram um grande número de organizações ecologistas e as teorias do crescimento zero.
Só há pouco tempo as águas voltaram a acalmar-se. A crise dos anos 70 foi má, porém não a última. Os preços do petróleo subiram e voltaram a descer. A subida dos preços estimulou a exploração de novas jazidas e a investigação de técnicas com menor gastos de energia. O aumento da oferta e a contracção da procura fizeram desaparecer o fantasma do esgotamento dos recursos. No ano de 1973 a produção mundial de petróleo foi de 2.836,4 milhões de toneladas e as reservas estavam estimadas em 86.096 milhões de toneladas, pelo que se pode calcular facilmente, com uma simples divisão, que o petróleo acabaria em 2003.
os economistas que me emendem se estiver errado.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

Sem comentários:

Enviar um comentário

Podcasts

recomeça o futuro sem esquecer o passado