A Minha Sanzala

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9 de dezembro de 2005

Uma estória verdadeira (14)


"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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Uma estória verdadeira (14) Hoje, 19:20
Forum: Conversas de Café
Saídos do Jacaré, salvo seja, o destino foi mesmo almoçar. Almoço em casa que é caseiro, o que não quer dizer que almoço fora seja vadio. Mas sei que me espera um almoço celestial. Cachucho frito com arroz de tomate, mas de tomate que sabe mesmo a tomate, o que é o mesmo que dizer que não é tomate de aviário, que neste caso seria de tomatário. Almoço que me soube mesmo aos almoços feitos pela minha avó. Divinalmente cozinhada a comida sabe que nem uma das maravilhas mais maravilhosas do mundo. Tal possa a gente saborear os sabores que nos dão. Mas esta coisa veio dar-me mais uma preocupação acrescida às muitas que eu já tinha. Excesso de peso no regresso para as crónicas. Será que a barriga vai deixar os meus dedos chegarem às teclas. Mas penso isso mesmo depois, que agora eu quero é ver esta minha namorada em toda a sua grandeza, em todo o seu pó, em todos os cantos e recantos, em todas as suas muitas formas de vida. Não quero mesmo saber das formas filosófica-económicas pois eu aí ia meter os pés pelas mãos e então é que não ia mesmo ter ginástica para escrever aquilo que vivo na vontade de ver o vivido, deixando isso para os que sabem dessas coisas. Meus olhos querem mesmo é ver. Todas as formas de ver. Mas adianto que as loiras que acompanharam o cachucho não me subiram ao cérebro, ficaram mesmo só pela ajuda na degustação.
Nesta tarde me espera mais uma maratona no trânsito. Não, vou percorrer os 42 e tal km da dita cuja. Mas espero fazer cerca de 2 horas para me deslocar nos 12 km que me separam do sítio onde eu quero mesmo ir.
Quase que adivinhei. Mas fiquei só no quase pois só demorei metade do que previa. Passei no Prenda. Tirando a muita gente não reparei em nada de novo que não vira noutra passagem por aqui. Depois segui na zona dos ministérios, ali para o lado da TPA e Rádio Nacional de Angola. Lá chegado fui simpaticamente recebido numa portaria em que me fizeram as mil perguntas habituais em sítios que tais, tal como com quer falar e está marcado e coisas assim. Todas as respostas confirmadas, se deixa a identificação e lá se vai. Prédio grande, jardim em volta mostrando trabalho de jardineiro que sabe o que anda cá a fazer.
A reunião decorreu melhor do que esperado. Mais assuntos dos que os pensados. Conversa de amigos que não se conheciam mas a sintonia mostrava que estavam todos a pensar o mesmo faz tempo. Tempo que passou sem dar tempo para pensar no tempo que passou. Cumprimentos de despedida, nova reunião marcada. Satisfeito se faz o caminho de regresso à portaria, onde funcionário simpático devolve a Identificação e se despede com um Volte Sempre.
Ganho o dia que havia chegado ao seu fim sem dar por ele. Nova maratona transistorizada ouvindo a LAC. Pouco importa o tempo de regresso.
Agora tenho todo o tempo do mundo.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

1 comentário:

  1. Posso só fazer um pedido?
    Eu sei que ouvias a LAC...mas não comenta só a publicidade..Tá?
    Tu sabe mmo o porqué da questão.
    Bj
    Di

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