A Minha Sanzala

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22 de fevereiro de 2006

Uma estória verdadeira (65)


Já viste se eu estivesse a morar lá naquela casa que eu te disse, com VSat e computador e estivesse farto de ver a paisagem que me rodeia, fazia esta caminhada até aqui e daqui que avisto o morro maluco e tudo, logo recuperava as forças para me fechar no meu retiro e tentava arranjar as soluções para os males do mundo e dos arredores pois tinha tempo até de sobra.
Depois de ver isto ainda tenho dúvidas da existência do Arquitecto? Bolas que está a ser difícil manter-me assim neutro.
Aqui já gastámos mais do que uma máquina de fotos. Falo está claro nas pilhas que estas coisas de agora ser de cartão tem capacidade que nem eu sei de quanto. Se dispara e depois logo se vê.
Seguimos agora mais ou menos no mesmo caminho de regresso até ao casario da Estação Zootécnica. Mas aqui virámos logo na direita e mais num picada que parecia rodeada de floresta virgem. Mas não lhe perguntei se era ou deixava de ser que eu não tenho nada com essas coisas muito pessoais.
Caminhamos então para a divinal surpresa. Eu que noutras eras até tinha ido à estação zootécnica não tinha ido até aquele recanto que não só é divinal como é mesmo o centro do paraíso. Onde é que se viu poder estar sentado a petiscar atrás de uma cortina de água. Brigado senhor Arquitecto por me teres deixado apreciar agora com olhos de quem vê para além do umbigo uma beleza destas que nem tem postas para mostrar e estragar. Extasiado eu fiquei, se os músculos da boca não fosse de boa qualidade ainda agora não tinha conseguido fechar a boca. Deslumbrante. D. Fernanda estava mais ou menos assim como que nem eu. Ti e co-pilota nem falavam. Admiravam só. Era os verdes dos fetos com cada folha mais grande que nem eu. Eram as àrvores a transparecer felicidade. Desculpem lá parecer o vira casacas mas aqui é que é mesmo o centro do paraíso. A minha cabana vai ser mesmo aqui, a minha música vai ser a água a cair. Vou aproveitar essa mini-hidrica que está mais abandonada que o abandono que vou transformar no meu recanto de eterno sonho e contemplação. É aqui. Tem de ser aqui.
Calcorreamos cada centímetro. Admiramos cada folha., cada pedra. Até um sapo pintalgado que eu nunca vira nem em fotografia me saltou na perna. Aqui é a Natureza em toda a sua beleza.É aqui.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

2 comentários:

  1. O tempo pára e a alma ajoelha-se quando nos deparamos com essas grandezas né conterra?
    Nesses momentos só fica a paz que desconhecemos nas nossas lutas diárias e que afinal descobrimos ela existe...
    Louvado seja o "arquitecto"...
    Abraço
    Armanda

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  2. É de facto um recinto paradisíaco, onde o tempo pára e o silêncio da água permite ouvir tudo o que a Natureza tem para nos dizer ao coração. Em locais assim estamos em contacto com o nosso Criador. Obrigado, Carranca, por partilhares o momento que lá vivenciaste.

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