A Minha Sanzala

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21 de julho de 2006

Tem gente

Senta só aqui comigo e vamos navegar nos sonhos que a nossa imaginação nos levar. Se tu tens querer fica só no teu silêncio, olhos postos no zulmarinho que balança aí nos teus pés, às vezes com um bocado mais de força que até salpica parece é lágrima quando nos cai na cara.
Me dá de beber, um birra estupidamente gelada, para olear a goela e não parar de te falar no filme que corre na minha cabeça e que tu sabes o argumento me chega desde lá, do lado de lá da linha recta que é curva.
Tas preocupada com o tempo. Olha bem que o tempo mais não é do que um monte de momentos amontoados desde o dia em que nascemos.
Tu sabes que tem pessoas que vivem o tempo passado tentando sobreviver nas lembranças das coisas importantes que aconteceram, Fazem desses momentos o seu hoje se esquecendo que vivem no ontem, que vivem no dia que foram afectados e caminham com triste melancolia, infelizes no peso passado deixando escapar por entre os dedos as oportunidades de viverem o hoje do presente. Eles esquecem mesmo que viver no passado é esquecer as coisas boas que a vida tem.
Me acompanhas num passeio na areia das mil cores?
Tás a ver, essas pessoas ainda estão a pensar que se tivessem feito assim, ou tivessem assado a coisa, o rumo tinha sido assim diferente. Tu lhes ouves apenas o som do lamento.
Tem outras aí que vivem já no amanhã, no que vão viver de planos e como sabem que o amanhã não é hoje tudo fica inacabado porque amanhã vão acabar. Complicado? Desconsigo lhes imaginar a pensar a vida do hoje. Senta só na cadeira da vida e espera chegue amanhã. Amanhã, sempre amanhã. Olhas nos olhos e lhes vês o vazio da ilusão feita realidade.
Tem os outros, esses que sabem que a vida é hoje, começa hoje o seu princípio e que não podem perder a vida, por medo, por cobardia, por incertezas. Olhas e lhes vês os planos de agora, a consciência da possibilidade do erro e da sua capacidade de lhes emendar, confiantes. Olhas nos olhos e vês que não vivem isolados. Tem gente nos seus planos, tem vida na sua volta. Tem pulsar.
Em resumo, ouves-me e não contestas porque sabes eu falo só mesmo com a alma toda na voz, certeza de verdade verdadeira mesmo que não esteja na científica cadeira.
Vamos dar um mergulho e ficar mais perto do início do zulmarinho?


Sanzalando
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