A Minha Sanzala

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28 de agosto de 2006

Intimidades (2)

Caminho nesta areia de mil cores com direcção a um sentido sentido na alma. Não estou na melancolia nem submerso na tristeza. Caminho num caminhar cabisbaixo porque o tempo de ir a tempo lhe vejo escorregar pelas mãos e os passos dados são assim como dois na frente e a exponencial na retaguarda, fazendo a distância se aumentar e a visão já não tem capacidade para ver assim tão longe. Ou é mesmo que eu quero o que é amanhã já hoje mesmo?
Mas eu te digo que o imperfeito não participa do passado. Actualmente ando mesmo implicado é com o futuro do pretérito. É que para mim, o futuro do pretérito é um tempo verbal absolutamente perdido na linha temporal. Não é futuro, não é pretérito e não é presente.
Pensa comigo: ele expressa uma condição e condição é um esquema que ainda não aconteceu e que por este andar pode nem acontecer. Te reafirmo com o coração nas mãos que esta maçã daria uma excelente torta. Daria. Só que ainda não deu e isso me deixa assim como que sem saber o sentido da direcção da caminhada. Porque alguém já podia estar a comer esta maçã há muito tempo e maçã comida não vira torta. Mas eu te dizia que se é futuro, não pode ser pretérito e se é incerto, não pode ser futuro. Acompanhaste meu pensamento?
E antes que me perguntes, não, eu hoje não bebi não bebi a minha birra estupidamente gelada.
Só caminho contigo nesta intimidade da transparência carregada de inocência e de esperança
Sanzalando

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