A Minha Sanzala

no fim desta página

27 de agosto de 2006

Intimidades


Voltando a ter a minha luz dentro da minha alma enegrecida pelo caruncho dos sonhos não realizados porém nunca esquecidos. Adiados, apenas eternamente adiados, num eterno que pode terminar ali naquele instante ou lá, naquela noite de trevas, relâmpagos e trovões.
O problema é que tu percebeste o problema. E o problema é ela e não os outros.
Os outros têm crescimentos, maneiras de estar e de ser diferentes dos dela. Os outros são os outros. E ela não pertence a eles, aos outros.
O problema é que meu lugar não é este. Estes assuntos não são dela e o mundo muito menos.
Foste deslocada novamente do teu eixo. Puxaram o meu tapete. Ela não se adequa à minha presença, eu não me adequo à sua ausência de mim.
Quando será que eu vou poder viver num mundo em que eu não me sinta tão fora do centro? Quando eu vou poder conviver com as pessoas que eu queria estar? Talvez nunca, talvez amanhã, talvez num talvez qualquer da vida. Talvez esta seja a parte séria da minha sina de ficar num só. De sempre estar só.
Eu devo ter feito muito mal a alguém numa minha vida passada ou, simplesmente, o meu estilo de vida não é para ser vida. O pior é que eu fico com a segunda opção. Te desabafei este desabafo enquanto caminhamos ao longo da areia das mil cores porque hoje me apeteceu te abrir um pouco a minha janela do meu aposento mais interno da vida. Tu me mereces saber coisas de mim que eu às vezes nem sei que existi nelas
Sanzalando

2 comentários:

  1. Ela está "doente" se não te quer.
    Tu és médico. Vai tratar dela que estarás a tratar de ti !

    ResponderEliminar
  2. Fica assim não, amigo. Não vale a pena esse baixo astral. Vem cá pra roça pescar um pouco, beber uma pinguinha, comer uns tira-gosto com uma cervejinha e tudo se resolve. Não vale a pena,não!

    ResponderEliminar

Podcasts

recomeça o futuro sem esquecer o passado