A Minha Sanzala

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14 de agosto de 2006

O poder da palavra

Hoje caminho no passo lento do descanso cansado de andar. Me segues porque a tua causa é seguir-me cada passo de palavra dita e algumas vezes chorada. Ouves-me porque procuras encontrar a palavra certa para ti. Tu sabes que cada minha palavra é para ti mesmo que eu fale para ela. São coisas da vida, dizia o poeta na voz do outro. Tu sabes que as palavras são os blocos de construção dos pensamentos, são poderosas ferramentas que usamos de muitas maneiras diferentes e interessantes. As palavras podem espelhar as nossas experiências e estas podem programar as nossas mentes em certas direcções futuras, presentes e passadas. Esta é a razão do porquê ser tão importante estarmos conscientes do que falamos, mesmo quando já estamos bem oleados por umas e outras birras estupidamente gelas.
Tu sabes que as minhas palavras saiem da minha boca mas são-me trazidas pelo ondular do zulmarinho e chegam aqui vindas de lá do início dele.
Tem gente que usa frases assim do estilo isto me deixa doente ou isto está me matando. Tu acreditas que eles querem ficar doentes ou morrer por algo estúpido e sem razão? Provavelmente não, então o melhor é mesmo não repetir coisas que podem programar uma realização de algo que não queremos.
Tu sabes que eu sou consciente das palavras que escolho falar. Quando escorrego e deixo sair uma frase ou palavra com programação negativa, digo imediatamente, para esqueceres o que falei ou faço um apagão na verborreia logo na seguida da consciência errada. Tem vezes que é preferível tirar um dia de folga de palavras. Passar um dia sem falar nada. Parar tudo, me ligar a mim e pedir para que possa ouvir-me com as orelhas da consciência e me ver com os olhos de ver o que estou a construir com o poder das palavras que utilizo. Eu me tento libertar das palavras e frases negativas que só programam problemas desnecessários.
Eu afirmo que a vida vale a pena ser vivida. Às vezes em silêncio.
Sanzalando

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