A Minha Sanzala

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26 de abril de 2007

Eu e a minha sombra

Caminho. Caminhamos neste final de zulmarinho com a serenidade de termos a consciência traquila, leves porque ela não nos pesa, sorridente porque ela nos alegra. Caminhamos, eu na minha voz de certezas e tu na atenção de quem escuta mesmo que não ouças nada.
Caminhamos plenos de certezas que o sonho comanda a vida, descontraídos porque não sabemos onde nos levam os passos, despreocupados porque sabemos que os nossos olhos vêem as armadilhas que o terreno nos possa apresentar.
Caminho. Caminhamos, inseparavelmente eu e tu, mesmo que um dos dois queira seguir sozinho, mas é coisa que desconseguimos porque estamos demasiado ligados desde que nascemos. Marcou-nos a infância, moldamo-nos na adolescencia, choramos e rimos na idade das certezas com a certeza que somos inseparaveis até que a morte nos leva para a cova funda onde não há lugar para sombras. Aí, caminharás sozinha na tua impossibilidade de existir.

Sanzalando

4 comentários:

  1. Não! Desculpe. Não se morre e acaba tudo, assim. Há pessoas que se eternizam. Não morrem. Sempre acreditei nisto. A morte é para os destinados à morte e, esses são poucos, raros. Se morrerem, o Mundo desaba com eles. É o "big-Bang" ao contrário.
    Acredito, vivo e, amo a vida, e o seu encanto. A vida é sublime e é para ser vivida na sua imensa plenitude.
    Com Consideração e estima.
    Abraço.
    pena

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  2. Então , amigo poliedro , vamos ler com outros olhos :

    ..."Aí, tu - minha alma, caminharás sozinha na tua
    (im)possibilidade de existir ".


    Um abraço a ambos

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  3. Amigo bem intencionado:
    Compreendi, plenamente, o que disse.
    Mas, olhe. Deixe-me sonhar.
    A sombra do autor pode "partir". Deixe-a ir. Encontrará, por certo, um lugar agradável, mas o autor não.
    Seria uma perda irrecuperável e insubstituível. Pode crer.
    Eu não deixo, entende? Não o permito. Que fique bem claro.
    Um Bem-Haja.
    Com muita estima.
    pena

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  4. Amigo inigualável:
    Estive a ler e a reler o texto que escreveu. Não sei se o meu comentário saiu asneira. Encarei a sua sombra como uma projecção deslumbrante do seu sempre inspirado autor. Uma sombra que é o autor e que o acompanha sempre. Refere a infância e a adolescência com encanto. Peço desculpa por algum equívoco que possa ter cometido. Pergunto-me: Será isto? Ou será a sombra, alguém precioso que o acompanha desde sempre na vida com amor? Estou confuso e muito aflito. Poderia ter magoado alguém, o que nunca se adequaria comigo, nem com a forma como encaro a vida.
    Com muito respeito e estima.
    Um Abraço sincero
    pena.

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