A Minha Sanzala

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21 de junho de 2007

caminhos de silêncio

Vamos caminhar ao longo do zulmarinho, beber-lhe o perfume e embriagar na suave ondulação com que se atira na areia das mil cores. Hoje não deixo marcados os meus passos porque levito sobre a areia fina levantada pela brisa enquanto tu me segues mais esguia e longa como nunca te tinha visto.
Troco as palavras por silêncios. Os salpicos salgados do zulmarinho se me confundem com as lágrimas, o brilho do sol parece faz estrelas cintilarem no suave azul do zulmarinho.
Eu caminho e tu me segues. Serenos e sem destino, rumo aos sonhos sonhados nas insónias do dia a dia, nas dores da saudade e no cinzento da alegria feita recordação.
Eu me calo e tu me ouves os silêncios escutando todas as palavras que eu já te disse.
Amar-te-ei eternamente, mesmo que a eternidade termine já ali, mesmo que me feches as portas e construas muros de fantasia.
Amar-te-ei mesmo que os meus passos já não consigam levar-me a lado nenhum.
E tu, sombra, acompanhar-me-às, mesmo que eu não me mova para além do silêncio.

Sanzalando

6 comentários:

  1. Concordo inteiramente com o/a Poliedro, acerca da tua escrita.
    Um abraço
    WF

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  2. Todos os blogues tendencialmente chegarão ao fim !
    E o resto , também !

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  3. Viva Carlos:

    Pensamento positivo... gosto disso.
    Passa um magnífico fim de semana e... aprecia uma "loira, estupidamente gelada" á "nossa".

    Um abraço,

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  4. Sinto-me mais aliviado, hoje.
    Expressa optimismo, alegria, bem-estar.
    Começava a ficar preocupado, mas ainda consigo sorrir para mim. Só para mim. Viva sempre assim o seu eterno sonho. Fica decorado. Fica pintado através de palavras boas que consegue expressar tão bem. Fluem. Conversam também consigo e com o Mundo. A sua persistência na busca do que por direito lhe pertence, também fica mais perto, mais deliciado por tratar um sonho que fala e de que fala. Parecem conversar os dois. Um optimista. O outro, um sonho risonho, receptivo e que, de certo, é seu.
    Que alívio! Excelente!
    Com estima
    pena
    Pormenor: o/a Poliedro atrás mencionado é viril e respeita muito que a sua virilidade de Homem se esclareça. Sou Humano/Homem, mas que sonho assim e gosto também de ser bem Homem. Não tenho culpa que a falta de sensibilidade como me expresso não seja entendida.
    Um Homem que é Homem também pode chorar palavras.
    Outro pormenor: Adoro Senhoras.
    E, ainda outro: Obrigado por concordar comigo. Obrigado. Por isso retire, por favor o, a, e coloque o, o.
    Sou o Poliedro! Desculpe.

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  5. Porra.... "caminhos do silêncio" uma unica palavra "lindo, quiça maravilhosooooo". Os 3 ultimos paragrafos não existem palavras para comentar... Mario

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  6. Estimado anónimo WF:
    É tarde. Muito tarde.
    Embora, cansado de um dia extenuante na escola onde cada vez mais se lida com imensa papelada, não conseguia deitar-me e dormir. Faltava algo. Muito importante. O meu pedido humilde de desculpa como o tratei. Sabe, ensinei aos meus alunos três palavras com que sempre me dei muito bem: Desculpe, Obrigado e Por Favor. Penso que a minha mensagem se aplica aqui e a si. Foi simpático comigo e, eu, talvez, não o tenha tratado com a cortezia que me é habitual e que os meus amigos conhecem e, desculpe, admiram.
    Um Bem-Haja, Anónimo WF! Humildemente reitero o meu pedido de desculpas. Sabe, há dias que, em vez, de sonharmos, fazemos asneiras. Asneiras Grandes. Aqui surge, há sempre alguém, que nos ajuda. Eu tenho um anjo da guarda que, sempre, me orienta quando erro. Sabe, que estava deitado e, me levantei, para fazer isto. É importante para mim. Creio convicto que não merecia o que lhe disse. Desculpe, por favor. OBRIGADO! Compreenda que os Humanos erram, mas nem sempre pedem desculpa. Nunca fui assim. Vale-me o meu bom anjo da guarda!
    Envergonhado, perante a minha atitude grosseira para consigo, creio que da minha parte acabei de ganhar um amigo. Que considero. Que prezo. E, a quem peço humildemente desculpa.
    Um Bem-Haja!
    Desculpe.
    Abraço sincero de estima
    pena

    P.s. Penso que me possa deitar em paz, na esperança de ser entendido por si.

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