A Minha Sanzala

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17 de julho de 2007

Se fosse noite falava-te de estrelas

Caminho devagar para me poderes acompanhar nestes delírios de palavras e silêncios, neste caminhar dentro de mim, andar à deriva na areia onde termina o zulmarinho.
Se fosse noite sentava-me a ouvir o marulhar e a contar as estrelas, sabendo que cada uma delas representa um sonho que sonhei, ver as que estão mais próximas e com esforço olhar para as que estão assim tão distantes que só com esforço lhes conseguia vr a cintilar lá no breu do céu.
Eu te podia falar da Cassiopeia, Ursas menor e maior, mas desconseguia mostrar-te o Cruzeiro do Sul.
Mas como é dia não tas posso mostrar que a imaginação não se projecta com tanta luminosidade esse universo que é meu, por isso não te falarei de estrelas, nem da esperança que tenho de lhes poder viajar, nem que seja apenas com o olhar por todas essas constelações. Não poderei viajar só por uma, tem mesmo de ser por todas essas que à noite se projectam nesse infinito tecto que me resguarda dos pesadelos e as segura na intensidade do meu sonho. Já sei que estás a pensar que nem todos os anos da minha vida, já vivida e por viver, eu conseguia visitá-las todas porque estão distantes umas das outras, mas seria impossível escolher só uma, mesmo que por nenhuma tenha viajado.
Mas como é dia nem com os olhos lhes posso caminhar e te contar as estórias que cada uma representa.
E neste momento lágrimas me caiem pela cara e nem para o ondular do zulmarinho consigo lhe olhar. Choro lágrimas negras de saudade de amanhã.

Sanzalando

4 comentários:

  1. Gostava saber o nome de todas as estrelas. O Universo imenso reflecte em mim o encontro enamorado do que sou e do que sinto pelas estrelas.
    Como me encanta só de olhar, olhar demoradamente, a beleza incomparável do envolvente Firmamento das estrelas em mim.
    Meu pai ensinou-me, amparando-me bem a ele, num gesto carinhoso, a conhecer os seus mistérios paradisíacos e desconhecidos.
    Como adorava, nas tardes quentes de Verão só olhá-las, demoradamente.
    Agora, recordei tudo. O cintilar delas. O seu belo cintilar. A ternura de ser criança e olhar o céu.
    Obrigado.
    Belo texto
    Um Abraço

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  2. sei q o blog, nao é espaço proprio mas nao pude deixar de ajudar a "espalhar" este pedido de ajuda a divulgacao...




    Denuncia relativa a companhia de bandeira nacional, TAAG:


    mais de metade dos passageiros, do voo TAAG, que partiu de Lisboa para Luanda ontem, dia 17 de Julho 2007, por voltas das 13:00, chegou ao destino sem conseguir reaver a bagagem!!!
    até hoje de manha a TAAG, nao informou os passageiros sobre o que realmente aconteceu e porquê? nem quando ou a que horas é que a bagagem vai chegar?! é um desespero que as pessoas viveram ontem e hoje de manha no aeroporto de Luanda, sem saber nada sobre as suas bagagens...
    é um desrepeito total pelos passageiros, e os direitos dos passageiros onde é que ficam????
    a TAAG aluga avioes e nao tem capacidade para sequer fazer chegar as bagagens ao destino!
    uma verdadeira vergonha!!!
    o que fazem ao dinheiro dos passageiros????


    o que peço é que se tente ao menos levar esta denuncia ao conhecimento da opinião publica e que peçam explicações ao sr. director da TAAG, ao ministro dos transportes de Angola ou a quem de direito!!!

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  3. Hoje, acho que o pior mesmo, pior que perder a bagagem, é aterrar num aeroporto, escorregar na água, guinar para a esquerda e bater num edificio.
    A minha tristeza profunda.
    SJB

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