A Minha Sanzala

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19 de agosto de 2008

Delirando

Vou buscar o zulmarinho. Sinto-me ansioso, preciso lhe ouvir o marulhar, preciso lhe ver a espuma branca se espraiar, preciso de sentir a maresia me entranhar.
Vou buscar o zulmarinho.
Estou cansado de guardar as palavras que me grita o coração. Eu sei que ao calar-me tenho a liberdade de as mudar quando me apetecer, de chorá-las, gritá-las no meu silêncio de raiva. Mas ao calar-me os meus espaços errantes se acabam.
Eu quero a liberdade de poder ouvir as tuas palavras, dizer-te as minhas, ouvir o cair da noite ou o romper da aurora. Eu quero a liberdade de poder ocultar-me.
Vou buscar o zulmarinho e lhe ouvir as mucandas, ouvir as canções das kiandas. Vou-lhes buscar ainda.

Sanzalando

3 comentários:

  1. Brilhante Amigo:
    VOCÊ e o seu zulmarinho valem ouro.
    Ouro puro.
    Abraço amigo

    pena

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  2. Deve ser bom ter um zulmarinho para
    com ele quebrar os silêncios e
    libertar-se de tantos grilhões que
    lhe truncam os passos! Nunca o perca
    de vista!
    Espero que em cada maré, em cada onda
    que chegar à sua praia, o seu zulmarinho venha junto para lhe trazer
    notícias sempre renovadas.
    Vera Lucial

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  3. Estou a descer no tempo, embora saltasse parte de 2009, mas não foi intencional. Quero perceber porque diz algumas coisas e fala insistentemente de outras. O tempo não dá para percorrer este espaço de uma só vez, com muita pena minha. É responsável pelo esquecimento de refeições, é responsável mas sem culpa evidentemente. Não preciso de comer muito, preciso sim de beber estas palavras que julgava já ninguém as escrevia.

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