A Minha Sanzala

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9 de outubro de 2010

quero libertar-me

Para aqui sentado tentando libertar a cabeça do peso da memória e dos salpicos amargos do inconsciente. Já vi o mar, que hoje acordou revolto salpicando lágrimas em todas as direcções, já vi o campo, alagado de emoções e não consegui ver-me livre destas imagens que trago na memória. 
Queria libertar-me de tudo o me é inerte de modo a não estragar as poucas páginas que ainda tenho em branco nesta memória, porque as quero guardar para as imagens reais que um dia eu vou ter, de manhã, amanhã ou noutro qualquer dia, que eu sou paciente na minha impaciência.
Queria liberta-me dos demónios do passado, reais e imaginados, físicos e virtuais porque quero criar novos campos onde o fogo não tenha cheiro.
Queria libertar-me das minhas demências, da minha realidade verdadeira e absoluta e equilibrar-me no egoísmo da razão solitária dum futuro promissor.
Aqui sentado, tendo culpabilizar-me das demências passadas que marcam os cinzentos escuros do presente num quadro negro do futuro, quero libertar-me das minhas prisões, correntes imaginadas que enferrujam em lágrimas verdadeiras e partir rumo a um lugar a sul.

Sanzalando

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