A Minha Sanzala

no fim desta página

29 de setembro de 2012

soltem-me as palavras

Parece impossível conseguir escrever a última linha deste capítulo. Mas o livro tem de acabar a qualquer custo, porque outro vai ter de se começar.

Sanzalando

26 de setembro de 2012

palavras de silÊncio

Mantenho-me nas noites longas com conversas tardias de memória e as palavras escritas não saem do silêncio


Sanzalando

25 de setembro de 2012

palavras simples

Atiro palavras no ar como quem brincava às pedrinhas. Agarrei umas quantas e aberta a mão li que superar não é o mesmo que esquecer.

Sanzalando

24 de setembro de 2012

livremente palavras

Quando me sento no silêncio da solidão, eu revejo todo o tempo que passámos juntos, todos os teus gestos, todas as tuas atitudes e me pergunto se valeu a pena. Me digo baixinho que sim, mesmo que saiba que tenham faltado canções, descrições e outras palavras que não se disseram.

Sanzalando

23 de setembro de 2012

palavreando dialogamente

- Porque choras?
- Mas quem é que está a chorar?
- Tu. Parece...
- Ah! são só as lembranças passeando na minha cara


Sanzalando

21 de setembro de 2012

Palavras sem pena

Onde encontrar as minhas palavras. Elas são como o sofrer. Têm fases- A gente sofre hoje e amanhã nem percebe porque sofreu. As minhas letras estão assim.

Sanzalando

19 de setembro de 2012

palavras de futuro

Um dia os meus medos ir-se-ão embora, tal como tanta gente foi. A beleza deixará de ser a que vejo e será apenas a que sinto, então as palavras que agora choro, um dia as escreverei com um sorriso de estória de embalar.

Sanzalando

18 de setembro de 2012

voem palavras

Deixo as palavras soltas como se fossem borboletas. Elas se escrevem no ar e eu apenas me perco a ler. Eu sei que sou uma espécie em vias de extinção. Eu acredito nas pessoas e lembro o passado como degrau do futuro.

Sanzalando

16 de setembro de 2012

palavras sentidas

Tenho aprendido com os meus erros que sofrer não me torna mais poético, que chorar não me alivia e que implorar é em vão. As minhas palavras se tornaram cinzentas porque lhes pedi que fizessem com que as pessoas ficassem. Hoje, em silêncio, suplico que partam sem lamentos.

Sanzalando

14 de setembro de 2012

LIBERTEI PALAVRAS

Passam o dia a perguntar-me se estou bem. Respondo secamente que sim. Prefiro evitar explicações de como me sinto a pessoas que fingem importar-se.



Sanzalando

12 de setembro de 2012

soltem-se palavras

O mundo real pensava eu que ele era composto de príncipes e princesas, heróis e vilões e que o final era sempre feliz. Mas as minhas palavras me mostraram que eles são capazes de chorar no fim.


Sanzalando

11 de setembro de 2012

palavras trocadas

A verdade me pode magoar, mas a mentira me mata mesmo, me apaga as palavras que queria falar e borra as que escrevo.

Sanzalando

9 de setembro de 2012

8 de setembro de 2012

letras sem dono

Talvez eu tenha apanhado o comboio errado ou a estação era a errada. Sinto-me perdido no meio da viagem e não tenho a quem escrever uma carta.


 Sanzalando

7 de setembro de 2012

palavras sem rumo

Procuro a felicidade onde só encontro espinhos. Um dia, mudado de caminho, verei onde é que chego.


Sanzalando

5 de setembro de 2012

palavras rascunhadas

Num piscar de olhos, de repente, a esperança acabou. Procuro-a em cada lágrima, sorriso ou palavra esquecida. Um dia, num qualquer despertar, acordarei deste sonho tornado pesadelo, que se chama realidade.



Sanzalando

4 de setembro de 2012

palavras soltas

Dos meus olhos não consigo subtrair a melancolia, nem somar o meu amor sem que o resultado dê saudade.


Sanzalando

3 de setembro de 2012

palavras que voam

Perdi palavras, outras o vento as levou, no entanto o facto de eu ver uma ave a voar não significa que ela está de partida, ela pode estar de regresso ou ser mesmo só daqui a passear.

Sanzalando

2 de setembro de 2012

palavras caladas

As palavras sinceras parecem ter um problema. Mas eu prefiro ser assim, que uma faixa sem sentido.


Sanzalando

1 de setembro de 2012

sem palavras

Os meus textos eram nostalgicamente lindos e como tal manchados com gotas das minhas lágrimas.


Sanzalando
recomeça o futuro sem esquecer o passado