A Minha Sanzala

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29 de dezembro de 2016

Balanço sem baloiço

Olha só para mim a ver o céu, ver as estrelas e desconseguir tocar-lhes. Olha só para mim a ver os pontos cintilantes que piscam lá no escuro e não saber dizer que é o cruzeiro do sul, sagitário, leão ou a estrela polar. Me disseram ao ouvido que aquela estrela era um planeta. Como eu não percebo nada de estrelas e afins. Mas olho o céu.
Olha só para mim a ver o zulmarinho ondulante, umas vezes sereno outras revoltante. Olha só ele carregado de fishes, ou fixes ou mesmo só peixes que navegam sem fronteiras e sem se importarem com isso. É carapau, é lula, choco ou golfinho. Este não é peixe e aquele também não. Ingnorante que eu sou. Mas olho o mar.
Olha só para mim a ver o teu rosto, a desenhar mentalmente as curvas do teu corpo, a saborear o teu sorriso e sorrir-te na volta. Olha só para mim afagar os teus cabelos, beber as tuas palavras e receber o brilho do teu olhar. É, sou sortudo, tenho um amor verdadeiro, não muito exagerado porém também não escasso.
Olha só para mim a fazer de balanço anual verdades verdadeiras sem ser no baloiço do parque infantil onde me perdi tardes inteiras.
Olha só para mim, desenhando palavras na ardósia da nuvem com receio de perder as palavras que canto em silêncio.
Olha só para mim a desejar BOM ANO a quem me olha.


Sanzalando

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