Te recordo na minha imaginação, te revejo na dimensão em que te deixei de ver.
Olho para trás e fico a imaginar o calor de fogo que faríamos se tivéssemos continuado com a chama acesa que um dia, de um só sopro, apagaste.
O que restou desse tempo são palavras que vou recortando à minha memória, textos nunca escritos nem lágrimas nuca choradas.
Não tivemos a nossa oportunidade, não deste tempo ao tempo para mostrar que poderias ser feliz segurando-me na mão e guiar o meu instinto pelas estradas agrestes da vida. O que nos poderia ter acontecido se tivéssemos permanecido mais uns tempos de mãos dadas? Talvez eu não estivesse à procura de palavras, talvez eu não roubasse à memória sonhos sonhados numa varanda virada para ti.
Perdemos a morada, ganhamos duas, distantes no tempo e no espaço.
Eu escrevo. E tu, que fazes?
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