A Minha Sanzala

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5 de julho de 2011

restou a saudade

Me atirei no mar num estiloso mergulho de quem não tem nem jeito para posar para uma foto, quanto mais para fazer uma pirueta seguida duma entrada de cabeça no mais puro estilo da perfeição. Tudo apenas porque estava com raiva porque me lembrei dela assim sem mais nem menos. Porque de repente me veio à imaginação do seu perfume. Tentei tudo para fazer desaparecer essa lembrança. Restou a saudade para me doer e lhe tentei afogar me atirando no mar.
Vá lá que o mar estava de feição e a água não estava de gelar até ao osso, antes pelo contrário.
Nadei contra como que fugindo dela. A corrente me devolvia à areia.
O meu coração foi ficando apertado, as horas que duravam segundos me faziam ainda lembrar mais coisas dela.
Restava a saudade que me servia da boia e lá fui, saboreando o mar, imaginando as músicas que lhe ouvi.
Sai do mar e trouxe a saudade.
Saboreio-a, doce e suavemente como se amanhã fosse daqui a pouco.





Sanzalando

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