A Minha Sanzala

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13 de outubro de 2013

Palavreado solto (último episódio)

Pego em palavras e silêncios, construo um andaime, e entro em construção. Autoconstrução para que não caia em autodestruição.. Palavras fortes. Silêncios de ferro. Desenho seguro como se fosse construir uma daquelas torres que parece querem chegar primeiro ao céu. Robusta e ao mesmo tempo leve e segura. É assim que quero o meu andaime. Parei para autoconstruir-me, despido de pruridos, desagalhado de preconceitos e com um pequeno boné de memória.
Assim, com palavras desmontadas, declaro que vou sair em construção, de andaime, grua e quem sabe um balde cimento às costas para sepultar os sentimentos de culpa.
É para aí a nonagésica paragem. Mais uma de tantas muitas que possam vir assim regressem as palavras ordenadas num sorriso discreto, numa gargalhada ou num simples brilho de olhar.
É, vou deixar o resto para lá, sabendo que o que resta mais não é que um pouco de cinza do que fui. Vou juntar-me aos poucos, numa peça de um puzzle de 500 mil peças e reconstruido soletrarei palavras que possa ter outro sentido que não o sentido morto duma vida esgotada..
Sugiro revisão dos dez anos que leva com palavras este blog. Pode ser encontrem alguma coisa que valha a pena um reviver de olhos.
Até já, mais uma vez, vou só ali arrumar a minha cabeça e o meu coração, lá em cima do andaime de palavras e silêncios, e ver se encontro ainda algum perfume dentro de mim.
Se fosse fácil todos me diriam o que devo fazer para que os andaimes de palavras e silêncios não existissem. Afinal de contas viver è complicado.



Sanzalando

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