A Minha Sanzala

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28 de março de 2014

silêncio para arrumar

Caminhamos lado a lado, silenciosamente como que a não queremos incomodar um ao outro. No teu rosto, de relance, pareceu-me ver uma lágrima a escorrer pela cara. Perguntei, sem te olhar, porque choravas e respondeste-me secamente porque sim, não alongando a conversa que deverias estar a ter contigo mesmo.
Continuamos à beira mar interrompendo a caminhada monocórdica apenas com uma ou outra onda mais agressiva.
Matutave eu que não era pessoa interessante, primeiro porque não queria e segundo porque dava muito trabalho, ao mesmo tempo que tentava ler o turbilhão de pensamentos que te atormentavam. 
Querias um espaço sossegado e eu não to dava. Estava demais preocupado em não reviver a solidão.
Silenciosamente continuámos e ainda agora me pergunto porque não tenho capacidade de te ajudar a arrumar esse tormento.


Sanzalando

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