A Minha Sanzala

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23 de setembro de 2014

Estou feliz neste tempo

Não faz cacimbo, não faz sol. Não sei que tempo é este. É tempo de ter tempo para gastar tempo no tempo que faz.
Assim como assim deixei-o sentar-se na minha cama e de surpresa o tempo acordou-me. Não morri de susto porque o tempo não assusta ninguém. Desgasta.
Deixei-o balancear-me em conversa mole e de olhos fechados fingi insegurança enquanto me equilibrava no colchão. 
O tempo deu-me carinho, o tempo cuidou de mim enquanto me fez companhia. O tempo me deu a certeza que a insegurança de estar sozinho terminara quando te conheci.
Estranho a maneira de ser e de estar, talvez a de vestir e de falar. Gosti, pá! Bebo mais um gole de tempo, o olfato se apurou, o olhar se afinou e o paladar de sensibilizou,  Gosti, pá!
Com tempo que o tempo me deu fui passear o cão e sonhar com ela.
Sorri ao tempo do tempo da memória chorosa. Ela escolhe o cinema, o programa ou o desprograma. Eu curto o tempo. Curto ou longo. Futuro que é isso?
Não faz cacimbo, não faz sol. Não sei que tempo é este. Estou feliz neste tempo.


Sanzalando

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