A Minha Sanzala

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30 de março de 2015

quem sabe

Amarro as letras num fio de guita bem apertado e, para segurança, as fecho numa gaveta duma paragem solitária. Não quero perder nem uma, porque me pode fazer falta num qualquer dia de passado, presente ou futuro. 
Quem sabe um dia, assim como que esquecido das rosas porque uma roseira me picou, eu resolva estragar os sonhos porque não se realizaram e desatar a escrevê-los com essas letras atadas num atilho.
Quem sabe um dia, perdidas todas as amizades eu escreva todos os nomes num livro de pardo papel e utilize essas letras guardadas na gaveta.
Quem sabe um dia, lembrando todas as lembranças, eu vá à garagem buscar esse molho de letras e desatilhadas eu as encarreire num palavreado simples para dizer quanto gosto de ti.


Sanzalando

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recomeça o futuro sem esquecer o passado