Procurando Emigração: A nova emigração portuguesa é qualificada. Mais de metade dos emigrantes são jovens e completaram o ensino secundário ou superior. Segundo o Inquérito aos Movimentos Migratórios de Saída realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 52% dos 27 mil portugueses que emigraram em 2002, possui como habilitações o ensino secundário ou superior. As razões para esta vaga migratória são o aumento do desemprego e os baixos salários praticados no nosso país. Os destinos da emigração nacional não se alteraram muito. Suíça e França continuam como preferidos, seguindo-se uma novidade: a Espanha. De salientar que nestes emigrantes se incluem muitos investigadores, tornando este movimento um "braindrain", ou seja, uma perda de - massa cinzenta - nacional. É preocupante verificar que enquanto exportamos mão-de-obra qualificada, importamos mão-de-obra barata e sem qualificações. Esta situação representa um passo atrás no desenvolvimento nacional. Será que nos estudos de 2004/2005 encontraremos outros destinos que não os tradicionais?
Cada novo imigrante representa um contributo para o enriquecimento da sociedade de acolhimento. O problema é que frequentemente são logo despojados da sua identidade e cultura, acabando reduzidos a uma mera força de trabalho. O resultado final é um empobrecimento das pessoas e do seu contributo para as sociedades de acolhimento. Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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