Avião sem asa, fogueira sem brasa Sou eu assim sem você Futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho Sou eu assim sem você Circo sem palhaço, namoro sem amasso Sou eu assim sem você To louca pra te ver chegar To louca pra te ter nas mãos Deitar no teu abraço, retomar o pedaço Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo Porque? Pooooooorque?
Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta Sou eu assim sem você Carro sem estrada, queijo sem goiabada Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes Vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo
Mais ou menos à mesma hora, escrevias a tua primeira mensagem num fio fora de horas, num fio de Tempo. Eu, de barrete, máscaras e luvas, bata verde esterelizada, ao som de Adriana Calcanhoto, primeiro, que as seguintes não sei porque com a pulsação a chegar talvez aos 200, sei lá, não tinha tempo. A tensão era tanta que nem consciência tinha do meu corpo, aspirava cerca de 3 litros de sangue livre na cavidade abdominal. Estava em cima do arame, equilíbrio instavel. Tinha de ser rápido, prático e eficiente. Paradoxalmente estava sem tempo. Mas no fim, muitas gotas de suor depois, tive tempo. Sorri. Fundamentalmente, mais alguém, hoje pode sorrir também. Teve um Novo Dia. Sanzalando em Angola Carlos Carranca
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