ACÁCIA
Acácia seca, despida,
Bordejando os caminhos
Passam por ti e desdenham
Teus braços esguios, sedentos,
Na tranquila sonolência
Da tarde que vai morrendo.
Despertas! Já não és penumbra esguia.
És raiz feita flor,
Deixas de ser una, és múltipla,
Brotando toda em botões
Como sangue em borbotões
E raios de ouro em pó
Escorrendo das ramagens.
Talvez tu, na hora calma
Consigas colher estrelas…
Apanhar essa riqueza
Que vem deo sol e da brisa
E no teu tronco desliza…
Entre nuvens, vento e mar,
O teu destino é passar
A tirar sempre o melhor
Do pouco que a terra tem.
VERA LUCIA
Sanzalando
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