Eu tenho cá para mim que sou fruto de uma invenção minha. Sou fruto só dum pensamento meu. Eu não existo. Imagina só eu me olhar e me ver. Não, eu só me penso. Eu sou as minhas palavras, a tradução física da minha existência. Eu sou éter, vazio cibernético, ausência de matéria cerebral. Tanto purifiquei-me que deixei a matéria viva e parti para a imaginação. Eu não sou um ser preso numa existência, uma memória física dum nascimento. Eu sou pensamento. Queres ver daqui a pouco afirmo-me um abstrato?!
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