30 de abril de 2025

Esta Música tem uma História 07 - Cavaleiro Andante Rui Veloso


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Tesourinhos Musicais 40 - Daniel Bacelar


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Crónica 53 - K'arranca às Quartas


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Gonçálo M. Tavares - Autor


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Viva a rádio e quem nela aposta. Quando tudo apagou, a rádio brilhou!

Antes da primeira música do K'arranca às Quartas de hoje:

Houve um apagão. Primeiro, veio aquele silêncio estranho das máquinas desligadas: o frigorifico sem fazer o seu ruído, o exaustor calado no meio do cozinhado, e a luz dos relógios digitais deixaram de dizer as horas. Por um instante, a casa parecia ter parado de respirar. A vizinha bateu à porta e fez a pergunta: Têm Luz vizinho? Nesse momento fiquei a saber que o bairro estava sem eletricidade. Minutos depois deste silêncio chega uma mensagem ao telemóvel: ouça a Antena 1. Fiquei então a saber que não era o bairro. Não era a cidade. Não era o país. Era a península ibérica que ficara às escuras.

Mas o mais importante é que no meio da escuridão, embora ainda fosse meio-dia, vi que algo resistia. O velho aparelho de rádio a pilhas, esquecido numa prateleira de casa, desde o último relato de futebol ouvido, voltava a ganhar importância. De repente o som chiado das vozes virou companhia. A Rádio esteve em alta, não em métricas digitais mas nos corações de quem como eu queria ser informado.

Viva a rádio e quem nela aposta. Quando tudo apagou, a rádio brilhou!



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Programa 65 - K'arranca às Quartas


Programa de Rádio com palavras, livros e música  - 30 de Abril de 2025, último programa de Abril antes de Maio, tal e qual como se fez em directo para ouvir indirectamente aqui ou em qualquer outro lugar, aos cortes ou de seguida. A opção é sua.
Ouça com atenção e pense
Ler só faz mal à ignorância e ouvir o K'arranca as Quartas sempre se aprende qualquer coisinha


Hoje a gravação não está límpida, resultado possivelmente do apagão. Já me instaurei um processo de averiguações. Mas mesmo assim não queria que pensassem que não houve programa. 
As rubricas, porque independentes, têm qualidade perfeita, pelos menos a julgar pelo som.

Hoje tivemos a Crónica, falámos de Gonçálo M. Tavares, ouvimos o poema  Contratados de Agostinho Neto, na voz de Domingas Monteiro, tivemos as estórias da Música ou Música com história, Cavaleiro Andante de Carlos Tê e Rui Velosos que mais uma vez contou a preciosa colaboração de José Leite, no meio disto tudo ainda tivemos os Tesourinhos Musicais com Daniel Bacelar, tivemos a música da lusofonia imprescindível nas tardes de Quarta-feira bem como Rir é um bom remédio com o humor de Zé Lezin

Tudo imperdível, menos a qualidade do som

Não perca e ouça a boa música que tenho para lhe dar

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24 de abril de 2025

Vou e estou no passado e no presente

Vou buscar à memória os sons dos meus tempos de criança. O telefone tocava sempre da mesma maneira. Os SAAB faziam o mesmo barulho de motor tal como os DKV. As motorizadas e as hondas tinham roncares verdadeiramente típicos. A D. Maria gritava pelo neto da mesma forma todas as tardes, eu cantava mal todos os dias e a minha mãe dizia sempre que eram horas de levantar.
Vou à memória buscar os rostos. Poucos eram os sisudos e mal barbeados. Os olhares eram radiantes e os sorrisos notáveis.
Hoje falta-me memória dos dias de agora, em que os rostos são agrestes, os sorrisos inexistentes e os telemóveis tocam cada um a sua canção.
Os carros não fazem barulho, as crianças não brincam na rua, os silêncios são interrompidos pelas poucas cigarras que se ouvem e as pessoas correm, quase sempre para lado nenhum.


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23 de abril de 2025

Carlos Matos Gomes - Autor


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Esta Música tem uma História 06 - Muxima


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Tesourinhos Musicais 39 - Xarhanga


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Crónica 52 - K'arranca às Quartas


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Rir é um Bom Remédio 02 - Ariano Suassuna - K'arranca às Quartas


Programa de Rádio com palavras, livros e música  - 23 de Abril de 2025 - apresenta Rir é um bom remédio com Ariano Suassuna, ele mesmo

Tudo imperdível

Não perca e ouça a boa música que tenho para lhe dar

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Programa 64 - K'arranca às Quartas


Programa de Rádio com palavras, livros e música  - 23 de Abril de 2025, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, bem como a dois dias do 25 de Abril, Dia da Liberdade, tal e qual como se fez em directo para ouvir indirectamente aqui ou em qualquer outro lugar, aos cortes ou de seguida. A opção é sua.
Ouça com atenção e pense
Ler só faz mal à ignorância e ouvir o K'arranca as Quartas sempre se aprende qualquer coisinha


Podem comentar para poder melhorar

Hoje tivemos a Crónica, falámos de Carlos matos Gomes, ouvimos o poema  Portugal de Jorge Sousa Braga dito por Pedro Lamares, tivemos as estórias da Música ou Música com história, em que falámos de Muxima e a versão de Duo Ouro Negro, com a preciosa colaboração de José Leite, no meio disto tudo ainda tivemos os Tesourinhos Musicais com Xarhanga, tivemos a música da lusofonia imprescindível nas tardes de Quarta-feira bem como Rir é um bom remédio com Ariano Suassuna, ele mesmo

Tudo imperdível

Não perca e ouça a boa música que tenho para lhe dar

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sonhos

Cá vou eu indo de palavra em palavra, de caminho em caminho, pensamento em pensamento, sem destino final. A única coisa que sei, a absoluta certeza que tenho, é que se eu não puder ser eu, retiro-me, saio porque não quero ser outra coisa. Às vezes tenho a sensação de estar a desaparecer de mim e a ter apenas sonhos. O tempo vai encurtando e tenho a dúvida se o terei para que não me fique nada por realizar, se todos os sonhos conseguirei que o deixem de ser.. 


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22 de abril de 2025

fazer saudades

Uma vez ou outra tem alturas que a saudade aperta. Saudade de quê mesmo? Ah, e tal, quando era mais novo eu fazia. Fazia... e porque eu fazia agora que não faço eu tenho saudade. Mas não tenho pena. Eu fazia e se fazia era porque eu fazia por isso. Agora não faço mais. E não faço porquê? Porque eu disse fazia e não digo faço. Faço saudades do tempo em que fazia, mas não tenho pena de ter saudades. Se eu fazia e agora não faço quero dizer que o tempo passou e agora eu me recordo do que fazia. Tem gente que não fazia e não pode nem recordar que não fazia porque simplesmente não fazia e como tal não pode ter saudades do fazer o que não fazia.


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21 de abril de 2025

presente

Embalado na memória dou comigo a ver que a vida é feita de momentos simples que tantas vezes passam desapercebidos. Pequenos gestos, ligações e emoções, uma linha continua que dá sentido à nossa existência. Quando olhamos para o presente como se ele fosse um presente, uma oferta, percebemos que cada instante foi uma escolha, uma oportunidade de estar presente e construir com ele um futuro.
De facto é no presente, neste agora, que moldamos o que somos baseados no que fomos e imaginado no que seremos.
É assim, embalado na memória, vivendo plenamente, que aceito a simplicidade do suficiente.


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20 de abril de 2025

É páscoa mas também é dia de pensar e fazer.

Vagueio nos passos que vou dando numa avenida imaginária. Lá fora faz vento e de quando em vez cai chuva parece é maquete de dilúvio. Molha os desprevenidos e entristece os vagabundos mentais que, como eu, que gostam de sentir o sol na rua mesmo que fiquem dentro de casa.
Hoje oferecem-se ovos e coelhos de chocolate, porque segundo a tradição pagã, são símbolos de fertilidade, mesmo que a família seja grande. 
Mas eu só posso encolher os ombros e nunca lutar contra tradições porque isso far-me-ia lutar contra paixões, o que seria em vão para lá do cansaço que iria sentir.
Mas lá porque é Páscoa eu não deixo de pensar, não deixo de ter o meu vagar para vagabundear por estreitas ou largas avenidas imaginárias.
E hoje li:
“Um médico não tem de ser um cientista”
Conheço médicos que nunca escreveram nada. Nada de publicável, pelo menos. Nem uma carta para o editor. Quando se lhes perguntava porquê, sorriam como quem pergunta de volta: “Era suposto?”. E continuavam. Sem pressa. Sem culpa.
Mas se entrassem num quarto de hospital, mudava tudo. O doente ficava mais calmo. As enfermeiras confiavam. Até o ventilador, juro, parecia fazer menos barulho. Não era por causa da autoridade — era por causa da atenção. Ele estava mesmo ali. Inteiro.
Também conheço outro tipo de médico. Este publica muito. Aparece em revistas boas, escreve e fala inglês melhor do que muitos ingleses e sabe sempre a última evidência de tudo. Também é um óptimo médico. Mas não apenas por publicar. É por outra coisa. Por ser curioso e querer transformar. Vontade de deixar a casa um pouco mais arrumada para o próximo.
Entre estes dois extremos há um vasto território. E é nesse intervalo que alguns tentam fazer crescer uma ideia perigosa: a de que o valor de um médico se mede em artigos. Como se a presença clínica fosse secundária. Como se estar dedicado a lidar com o doente fosse um subproduto de não ter conseguido publicar.
O problema não está em publicar. Publicar é bonito, generoso e é uma maneira de contribuir. Mas o problema começa quando se confunde o acto de publicar com a essência da medicina. Quando se começa a acreditar que quem não escreve, não pensa — e que quem escreve, sabe sempre o que fazer.
A ciência é fundamental. Sem ela, estaríamos ainda a fazer asneiras sem fim e a provocar mais mal do que bem. Os que escrevem os artigos que nos fazem evoluir são heróis, no seu género. Mas não são, por isso, melhores médicos. Medicina é mais do que isto.
A Medicina tem um lado profundamente invisível, que não cabe em parágrafos nem se traduz em gráficos. Nem pode ser resumida aqui.
É fácil esquecer isso num tempo em que tudo parece depender de métricas. O número de publicações. O fator de impacto. Mas a medicina não começou com índices nem o doente é indexado.
Talvez um dia se volte a distinguir uma coisa da outra. O cientista que publica. E o médico que cuida, trata e salva. E esta diferença começa na própria formação e na Ordem dos Médicos.
Nos melhores casos, essas duas figuras coincidem. Quando não coincidem, ambas continuam valiosas. Só não são — e nunca serão — obrigatoriamente a mesma coisa.
Publicar pode dar estatuto e elevar a ciência da Medicina. Mas é junto do doente que se decide se somos, ou não, verdadeiramente médicos.
João Cravo
E aqui vem-me à memória outras avenidas que, ao que vou ouvindo, estão vazias. Avenidas grandes e avenidas que são e sempre foram ruelas, estão vazias porque fechadas ao público. Falo da Páscoa no SNS. Os médicos, aqueles seres que dão conforto, aliviam o sofrimento e curam dores e outras doenças cansaram-se ser gente culta, enciclopédica e ao mesmo tempo peregrinos esfarrapados duma crença que alimentou sonhos. Durante anos esses seres habituaram os habitantes das avenidas, ruas e ruelas que eram cultos mas pouco lhes importava a família, os bens materiais e o seu próprio bem estar físico e mental. Tinham a alma esfarrapada mas o sorriso abria-se ao entrar na enfermaria, ao abrir da porta do gabinete. Tinham lágrimas nos olhos porque a noite mal dormida por preocupação daquele enfermo que apesar de todos os esforços se fora, como que ingratidão para tanto saber e entrega. Mas aquelas lágrimas ninguém viu, a sua família por acaso até as sentiu mas nada ouviu.
Boa páscoa


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16 de abril de 2025

Manuel Arouca - Autor - K'arranca às Quartas


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Esta Música tem uma História 05 - Valsinha - K'arranca às Quartas


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Tesourinhos musicais 38 - Doutores & Engenheiros - K'arranca às Quartas


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Crónica 51 - K'arranca às Quartas


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Programa 63 - K'arranca às Quartas


Programa de Rádio com palavras, livros e música  - 16 de Abril de 2025, tal e qual como se fez em directo para ouvir indirectamente aqui ou em qualquer outro lugar, aos cortes ou de seguida. A opção é sua.
Ouça com atenção e pense
Ler só faz mal à ignorância e ouvir o K'arranca as Quartas sempre se aprende qualquer coisinha


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Hoje tivemos a Crónica, falámos de Manuel Arouca, ouvimos o poema  A Chegada de Suassuna no Céu  recitado por Rolando Boldrin, tivemos as estórias da Música ou Música com história, em que contámos a Valsinha de Vinícius e Buarque com a preciosa colaboração de José Leite, no meio disto tudo ainda tivemos os Tesourinhos Musicais com Doutores & Engenheiros, a música da lusofonia imprescindível nas tardes de Quarta-feira bem como iniciamos o Rir é um bom remédio com Raul Solnado

Tudo imperdível

Não perca e ouça a boa música que tenho para lhe dar

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14 de abril de 2025

a minha cidade de tormento

Sento-me à mesa, resignado. Coração partido, lágrima escondida no brilho do olhar, como se restasse alguma esperança que o tempo parasse e tu me olhasses como eu te olhava na minha remota adolescência. Obrigo-me a não pensar-te e a tentar que a tua memória se esfume. Tu és passado e no passado deves ficar. Mas no meu pensamento, no secreto momento de solidão, vens à tona, atormentar-me a mona. Cidade ruim de cheiro a mar, quadriculadamente colada a mim como que num abraço eterno. 
Não quero lembrar-me de ti mas cada vez que te esqueço é assim como uma morte súbita em que me agarro a farrapos de lembrança e ressuscito na solidão em que me transformaste.
Um dia, cidade, eu partirei e tu desaparecerás da memória de quem te gostou perdidamente e assim deixarás de existir.


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9 de abril de 2025

Para onde vão os Guarda-Chuvas - Afonso Cruz - Livro


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Esta Música tem uma História 04 - K'arranca às Quartas


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Tesourinhos Musicais 37 - José Assis - Programa K'arranca às Quartas


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Crónica 50 - K'arranca às Quartas


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Programa 62 - K'arranca às Quartas


Programa de Rádio com palavras, livros e música  - 09 de Abril de 2025, tal e qual como se fez em directo para ouvir indirectamente aqui ou em qualquer outro lugar, aos cortes ou de seguida. A opção é sua.
Ouça com atenção e pense
Ler só faz mal à ignorância

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Hoje tivemos a Crónica, falámos de Afonso Cruz e Para Onde Vão os Guarda-Chuvas com a colaboração divinal de Anabela Quelhas, tivemos o Fado Falado na voz de Victor de Sousa, tivemos as estórias da Música ou Música com história, em que contámos e cantámos Carmen Silva, Lindomar Castilho - História De Um Amor, preciosa colaboração de José Leite

Tivemos nos Tesourinhos Musicais  com José Assis e a música da lusofonia imprescindível nas tardes de Quarta-feira

Tudo imperdível

Não perca e ouça a boa música que tenho para lhe dar

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8 de abril de 2025

O Detalhe

Era um botão. Só isso. Um botão da camisa, quase invisível, ali perto da gola. Faltava.

Ninguém percebeu - excepto eu. O detalhe. Pequeno, mínimo, mas gritava no meio da arrumação toda. A camisa era nova, tecido alinhado, meias a condizer e o sapato engraxado. Mas aquele botão ausente fazia o mundo inteiro parecer meio torto. O mundo falhou, pensei.

E é assim com os detalhes.

Há quem diga que são apenas minúcias, coisas para os obsessivos e perfeccionistas. Mas não é verdade. Os detalhes não são só partes do todo — muitas vezes, são eles que definem o todo. Aquele sorriso de canto que escapa no meio de uma conversa séria. A pausa entre duas palavras. O jeito como alguém segura uma caneca ou um copo ou como dobra um guardanapo. Um detalhe pode revelar intenções, sentimentos, histórias.

O detalhe é onde mora a realidade.

Lembro-me que o meu avô me dizia: "Quem olha só a roupa, vê a aparência. Quem olha a costura, entende a alma." Nunca vi o meu avô falhar. Ele era o detalhe. Pelo menos da família.

No amor também é assim — são os detalhes que nos capturam. O jeito como ela prende o cabelo distraída, como ele fala baixo quando está com sono. Não é sorriso enorme nem a declaração de cinema que marca, mas a lembrança de ter dividido um guarda-chuva num dia de chuva.

Vivemos numa época de exageros: gritos, flashes, sangue e sirenes. Mas é no detalhe que mora a beleza subtil, aquela que não precisa de holofotes, só de olhos atentos.

Talvez o segredo da vida boa seja esse: aprender a notar o botão que falta — e também os que estão firmemente costurados.

Tantas vezes me perdi nos detalhes da vida. A admirá-los, diga-se.


Sanzalando

7 de abril de 2025

por mais

Por mais esforços que faça não consigo esquecer. Se está sol lembro-me da praia e das garinas a me fazerem estremecer de amor. Se chove me lembro da esquina dos Fonsecas a transbordar de águas que até parece é lagoa em plena cidade. Se está cacimbo eu me recordo das manhãs preguiçosas que me faziam não ver o liceu e fugar às aulas. 
Por mais esforços que faça tudo me faz recordar que um dia eu fui adolescente e que os meus olhos viram coisas que nunca imaginaram iam ver, que as minhas mãos iriam tocar em corpos inertes e frios como tocaram.
Por mais que eu queira, por mais que eu tenha crescido, por mais coisas que eu tenha visto não tenho palavras para sarar um passado que aos olhos de hoje me parece ter sido apenas um pesadelo de imaginação.


Sanzalando

6 de abril de 2025

contrastes

Está um dia que tanto chove quanto faz sol. Me amarro em pensamentos e me embalo em sonhos. Não, as saudades não me entristecem nem os sonhos são fugas. As saudades são pedaços de mim, peças da minha existência e os sonhos são espaços que espero preencher. Eu me amarro em pensamentos porque tanto faz sol como chove. Contrastes da minha exitência.

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2 de abril de 2025

Óscar Ribas - Autor


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Tesourinhos Musicais 36 - Sónia Delfino


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Esta Música tem uma História 03 - Rui Veloso


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Crónica 49 - K'arranca às Quartas


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Programa 61 - K'arranca às Quartas


Programa de Rádio com palavras, livros e música  - 02 de Abril de 2025, tal e qual como se fez em directo para ouvir indirectamente aqui ou em qualquer outro lugar, aos cortes ou de seguida. 
Ouça com ouvidos de pensar e olhos de ler
Ler só faz mal à ignorância
Quem não ouviu em directo ouça agora indirectamente como directo fosse. 
Podem comentar para poder melhorar

Hoje tivemos a Crónica, falámos Óscar Ribas, tivemos um poema de Alberto Caeiro dito por Mário Viegas
Tivemos ss estórias da Música ou Música com história, em que cantámos Rui Veloso - Paixão

Tivemos nos Tesourinhos Musicais  com Sónia Delfino, primeira vez que aqui fomos ao Brasil

Tudo imperdível

Não perca e ouça a boa música que tenho para lhe dar

Sanzalando

1 de abril de 2025

do ontem ao amanhã

Olho à minha volta e vagueio. De pensamento em pensamento caminho fazendo uma estrada de vida. Na verdade, vivemos cercados de múltiplas razões para amar e por vezes passamos por elas sem as notar. Quem não se sente feliz ao ver um pôr-do-sol que nem em fotografia arranjada por artificialismos sofisticados? Quem não se sente agradado pelo sorriso inesperado de um estranho numa forma simples de agradecimento. Tantos pequenos gestos que são grandes afectos.
O amor está nas entrelinhas da vida, nos detalhes que deixamos escapar pela rapidez do passar do tempo e nós sem tempo para num instante olharmos com olhos de admirar e coração de amar.
Com tanto para amar, o que é que nos impede? Medos, orgulhos ou distrações?
Está na hora de soltar amarras e ver a vida como o tempo que intervala o ontem do amanhã.


Sanzalando