
Sento-me ao pé do mar e paro de respirar com medo que o tempo acabe, que o sonho termine ou que a ilusão caia por terra como um raio de luz se absorve na escuridão da noite longa da insónia permanente.
Sento-me ao pé do mar e vejo com os olhos fechados as manhãs de domingo em que, por ser cacimbo, vestia a roupa mais nova e lavada e procurava na cidade ver-te no tempo.
Sento-me ao pé do mar, olho para cima como quem olha para lado nenhum especial e vejo o tempo que esgotei a escrever tantas palavras na memória e que nunca tive oportunidade de te dizer.
Sento-me ao pé do mar e olho para ti como quem vê a eterna juventude.
Sorri porque estou sentado ao pé do mar com os olhos em ti.
foto retirada da net
Sanzalando
Tão bonito, tão bonito que preciso de o dizer, ler só não chega.
ResponderEliminarTudo de bom.