Votei. Juro que votei. Com orgulho, esperança e e com alegria de quem diz que pode escolher! Acordei cedo, ~pronto a enfrentar uma fila que não existia, apanhei um banho de sol porque aproveitei para conversar à saída com gente que a gente só encontra nestas ocasiões. Estava certo que tinha feito o meu xis no quadrado vencedor. Voltei e certifiquei-me na consciência.
E hoje? Hoje eu olho para as notícias com o mesmo entusiasmo de quem abre o extrato do banco no dia do vencimento.
Eu sabia que cada promessa era uma representação digna de um filme, encenada, trabalhada. Mas agora eu queria ver os resultados. Eu achava que tinha escolhido alguém pra liderar o país. Mas, aparentemente, apostei sem graça num desengraçado desgraçado que perdeu. Era diferente a realidade da minha realidade. Não volto a comprar pipocas para ver este filme em que eu não tenho sorte na escolha. O filme não é o que eu esperava, as personagens não são os actores que eu escolhi e o PIB, a Pensão, a Defesa e a Habitação não passam de meros números em cima de uma qualquer secretária à espera de se transformarem num enredo de um outro novo filme que será sequela número X num universo paralelo.
Mas sigo, frustrado, descontente. Mas vivo, rindo e já preparado para o discurso de que haverá próximas eleições mal estejam reunidas outras condições.
E se não for… bom, pelo menos a comédia está garantida para novos episódios
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