29 de novembro de 2025

numa tarde de sol

Numa tarde ensolarada, o que não era coisa rara na minha cidade, um grupo de crianças animadas decidiu ir ao parque infantil. Não, desta vez não era para chatear o Sr. Sousa, era mesmo para brincar nos baloiços, no escorrega ou no cavalinho que quase parece a querer sair dos ferros que o prendiam. Lá estava a com seu vestido vermelho, o Tó e o seu irmão Marzé, e o, bem como a, e mais uns tantos outros que éramos dez. Todos cheios de energia, o que eu penso era próprio da idade.

Assim que chegaram, a correu diretinho para o escorrega. "Quem chega primeiro?", gritou ela, e escorregou com um uhuuu! O Marzé foi logo atrás, com um sorriso enorme no rosto. Era o mais novo mas talvez o mais destemido.

Depois de muitas descidas no escorrega, todos vimos a alto nos baloiços. "Olha como eu voo alto!", enquanto dava mais balanço num jogo de corpo e pernas. O e a juntaram-se a ela, e logo os três estavam a baloiçar tão alto que parecia que iam tocar nas nuvens ou simplesmente fazer 360 graus à volta do suporte. Esses mesmo pareciam artistas de circo. 

Depois de tanto baloiçar, os três decidiram sentar na área da areia que circundava os baloiços. Tal era o cansaço. Faziam montinhos ou buracos. Ganhavam tempo para respirar com calma. Tirando estes três, os outros sete calçaram os patins e foram para o ringue patinar. Era a minha praia, já que para artista de circo e seus trapézios metiam-me medo. 

Afinal de contas era apenas um dia de sol, numa cidade do sul e todos nós tínhamos idade para isso. Hoje, acho eu, nenhum dos que por ainda andam vão ao parque infantil e ao que sei também ainda não há o parque geriátrico

Sanzalando

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