Descruzo palavras no vaguer de ideias com vontade de gritar aos quatros cantos deste redondo mundo o que tenho de saudades tuas. Por vezes tenho medo de ser mal interpretado, encarado como fraco, vazio como ser único ou apenasmente um simplório com vontade de gritar.
Mas as palavras me fintam e o som rouco levado pelo vento destas praias desertas se perde em longos silêncios. Calado falo melhor com os olhos, aqueles olhos que tu olhas e vês que te sorriem, que te brilham e que te afagam num doce olhar.
E as palavras, num vocabulário minimalista, te segredam o quanto tenho saudades tuas mesmo quando acabo de te beijar.
Sanzalando