A Minha Sanzala

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30 de setembro de 2020

olhai

Olha para mim a sorrir a ver o sol nascer. Já não sou aquela mensagem que não leste, aquele sorriso que não devolveste e nem a piada que fingiste e não ouviste. Eu já não sou aquele que fica para depois, dos que foram embora ou simplesmente te esqueceram. Eu já não sou o meu passado. Dei prioridade ao meu presente e esperança ao meu futuro.
Olha para mim a sorrir, a sentir os meus olhos brilhantes a dar resposta sem ter medo de tropeçar numa qualquer ideia louca da mente. Olha para mim a aproveitar o vento favorável como se um barco à vela fosse. 
Olha para mim perdido em palavras, sorrindo alegre ao nascer do novo dia.


Sanzalando

29 de setembro de 2020

#comida


meditabundo-me

Ainda vai fazendo sol e eu não sabendo que rumo vou tomar aproveito o tempo vazio para olhar para o zulmarinho e meditar. É presente, é passado e quanto eu desejava que o futuro fosse. 
Recebo fotos da minha terra, daquela onde ficou a minha placenta e da outra onde esfolei muitos joelhos e chorei os meus primeiros desamores. Uma trazem comentários outra apenas a imagem. Gosto de ver que há mudança ao ponto de quase de quase chorar quando não a vejo. Piorou, melhorou? Não sei e nem quero responder. Quero é mudança, sentir vida. 
Vejo fotos de gente cabeluda, de calções e sem ter nascido a barba e sinto uma nostalgia que quase parece doença. A barriga cresceu, a cara deixou de ter a pele esticada e para vestir camisa de gola alta parece tem de enroscar porque as rugas assim obrigam. É a vida e o meu presente é feito sobre esse passado. Eu estou aqui e ponto final. Tornei-me num homem bonito, pelo menos para mim. Penso, sinto, existo, pelo menos para mim.
Na verdade o conceito idade sem foi um tema inalcançável para mim. Acho nasci adulto e tenho-me acriançado ao longo dos tempos. Nasci e cresci feito e fiz-me um adulto lindo, psicologicamente letrado. Sempre tentei modificar as misérias do mundo e nas asas do tempo fiz um templo para o meu futuro. 
A minha juventude foi fervente, acompanhei as inovações, tropecei na internet, caí no podcast, deixei de urinar contra as paredes porque transformei e mudei-me para levantar dinheiro, já não preciso falar marcar um telefonema para daqui a dias e na hora falo com qualquer parte do mundo. O cheiro da gasolina é substituído pelo silêncio dos carros eléctricos. Eu cresci com todas essas inovações e não deixei de lado os meus sonhos juvenis. Não perdi a vida que deixei por insatisfação, mudei-a. Lá no fundo há uma ou outra cicatriz de fracasso, uma tatuagem do meu passado. Já o meu corpo não tem a verticalidade de adulto jovem, já começa a mostrar a curva como que a dizer que qualquer dia a terra me vai sugar, por mais que a contrarie. Não tenho a alma vazia porque tenho a alegria e o medo do meu passado, as vitórias e derrotas que bateram à minha porta. O tempo parece ser veloz enquanto adulto porem ele tem o mesmo tempo de outrora, eu é que demoro mais tempo a ocupá-lo.
Eu fui aquele que vagabundou pela cidade quadriculada dum passado remoto e sorri como se fosse hoje. Eu sou aquele que vagabundou até se tornar gente, sem ter que se por em bicos de pés e ser cumprimentado como gente séria que só conhecia dos jornais e revistas. 
Hoje, num dia assim, me perdi nas palavras que um dia vou repetir não sei nem porquê nem onde. Eu sou assim, mente vazia e aconchegada.


Sanzalando

#desportivamente


#caminhos


25 de setembro de 2020

#comida


#frutas e quando os teus amigos têm #mangueira em casa


Como é fácil um homem sonhar e tão difícil pôr uma roda a rodar

Tem tanto mar a nos separar que nem um amor infinito ao zulmarinho é capaz de transpor esta barreira física, esta saudade imensurável. 
Hoje, politicamente correcto, é não falar da política, é não criticar o passado, aquelas manifestações cheias de gente que hoje não é bajulada mas insultada pelas mesmas gentes que as enchiam, é falar alto dos presentes, esquecendo o seu próprio passado presente. Hoje, não quero ser mais politicamente correcto nem quero falar de política. Quero mesmo só sentir saudade e se calhar começar uma qualquer marcha que vá contra todas as ideias sempre julgadas impossíveis. Não quero ser mais politicamente correcto e falar dos diamantes polidos que desapareceram e ficaram os anéis sem valor, incluindo valor moral que deveriam existir nos corpos dos mortos-vivos que falcatruam a verdade da vida e não sabem que por apesar de terem tanto não valem mais por isso. Hoje vou só falar de coisas impossíveis nos antigamentes recentes, nos presentes de agora mesmo. Vou só sonhar num mundo novo que começa daqui a instantes, como se fosse uma nova peça dum teatro chamado vida nova. Como é fácil um homem sonhar e tão difícil pôr uma roda a rodar.


Sanzalando

23 de setembro de 2020

repensar

Independente do tempo que faz eu já não sou o que era. Esse passado é memória. Eu sou o hoje. O aqui e agora não tem a haver com o tempo, tem a haver com o somar de experiencia que o tempo passado me deu. Há que compreender os ciclos e o tempo de cada um. Hoje, presente, agora não tenho de pensar na vida que vivi, tenho de rever o que com ela aprendi. Não vou repassar o passado, não vou reviver as  e com as feridas. Fui dessa num passeio sorridente ao hoje e neste hoje há que fazer uma pausa e rever letras e palavras. Se admirem pouco se por aqui só houver fotografia, frases pensadas curtas. Vou só ali por um pouco me repensar.


Sanzalando

22 de setembro de 2020

sol ou sombra

Tanto faz sol como sombra. É questão de hora ou estação. Ou será estado de espírito? Na verdade eu me deixo estar por aqui, umas vezes à sombra e outras ao sol. Outras há que nem eu sei porque não era importante estar num ou no outro. Estava apenas, era hora de estar e mais nada era importante. Hoje ao sol dou comigo a meditar com o amor saudável, aquele que sabe que há erros, acertos, palavras e silêncios. Aquele que potencia a felicidade do sorriso. Não o amor cego, o ideal das pessoas perfeitas, não o que abafa as emoções. Hoje, fazendo sol ou sombra só me apetece estar por aqui, com muito amor.



Sanzalando

#bebidas


#desportivamente


#lugaresincriveis


21 de setembro de 2020

vou por aí

Me deixo ir por aí, pensamentos vagos mas não vazios. Cada vez mais introspectivo concluo que quando olho para alguém não consigo ver para além do que me mostra, do que me quer mostrar. Olho para um rio e vejo apenas que a água corre; como é que é a água e qual o seu futuro não sei. Sei que a sombra é de algo mas não é palpável. A pessoa é muito mais do que me mostra.


Sanzalando

#lugaresincriveis Zanzibar


19 de setembro de 2020

amor e saudade com lágrima

Às vezes parece que choro. Duas lágrimas. Uma seca rápido e a outra fica para a memória. É mais ou menos como a saudade. A gente sente-a mas não lhe vê. É palpável e medível mas não a vemos. Acho ela se junta com as minhas lágrimas no centro da memória para me lembrar as coisas. Não precisa ser um choro de horas. Bastam duas lágrimas para ser choro. Uma seria poeira nos olhos. 
Afinal de contas a gente é sensível. A gente é gente. Chora, tem saudades e até ama. Muitas vezes muito. Muitas vezes ama até às lagrimas e sente saudade desse amor flexível que nos quebra. O amor verdadeiro não chora simples. 


Sanzalando

#zulmarinho


18 de setembro de 2020

um minuto

Qual é a primeira palavra que pensas quando me vês? Eu sei que eu divago se tentar adivinhar, por isso vou ficar aqui sentado, abrigado deste verão final que finalmente deu em chover. Que dirias ao meu ouvido se fizesse muito tempo que não nos víamos? Silencío o meu pensamento neste adivinhar de conceitos ou confabulação. Deixa chover porque me rega as palavras que no próximo verão darei á luz.


Sanzalando

17 de setembro de 2020

chuvinha

E choveu! Não me deixei levar pela tristeza dum dia cinzento. Deixei-me levar pela vida. Há dias assim como há dias na vida. Vive-se!
O coração não pensa e não é por isso que a gente se defunta. O sentimento lima o pensamento, apara arestas e se calhar até deixa um polimentozinho. A chuva limpa o ar. A cortina de água lava o ar. Amanhã, um dia quando o sol nascer, o ar vai estar que nem ar de fotografia filtrada. A gente viva vai ver isso com olhos de alegria. 
A gente precisa dum abraço para se sentir um porto seguro. O sol nos abraça. Amanhã nos abraçará. 



Sanzalando

16 de setembro de 2020

sol hibernado

Acho por estas bandas o sol de verão entrou em modo hibernado. Hoje temos só aí o sol de intermédio, nem faz nem deixa de fazer.  Eu fico assim num modo triste sorrindo ou sorrindo tristemente. Tás a ver aquele que se casa. não para ser feliz, mas para fazer alguém feliz? É mais ou menos assim que estou num dia assim. Na verdade para fazer uma crítica sobre o meu estado eu preciso de ter um autoconhecimento tão intenso que nem sei se estou preparado para isso. Por isso fico-me neste sol de fantasia, neste zulmarinho de alegria, neste perfume de maresia. Vou, ficado-me meditado neste estado de talvez um dia.

Sanzalando

15 de setembro de 2020

amor

Se acalmou o vento e o meu cabelo deixou de refilar com ele. Faz sol e não venta. A paz voltou aos meus olhos já que não existe a constante luta de me resguardar da areia nos olhos, de me despentear a cada olhar noutra direcção. Já me posso dedicar de corpo e alma ao meditado mundo do pensamento profundo. 
O amor da vida ou para a vida. Todos os meus amores são para a vida. É, o amor é tão intenso que mesmo que parece adormeceu ficou a marca dele, nem que seja numa memória. Amor dói porque é muito que até parece destrói o frágil corpo amante. O amor é revolução porque desorganisa o complexo ser que o vive. Mas o amor sempre é paz porque afinal é fácil amar.


Sanzalando

#desportivamente


13 de setembro de 2020

#reflexão


#comida


#flores


eu bebi um rosé

E hoje me lembrei do Sr. Ferrão e da sua barraca de cachorros quentes. Não doi por causa da mustarda nem do pão nem da salsicha. Foi mesmo e só por causa do rosé. É verdade. Eu me lembrei que o meu avô Serafim ia lá no Ferrão para beber a sua taça de Rosé. Simples e concreto. Nunca eu ia imaginar que 50 anos depois eu me ia lembrar disso. Hoje não comi cachorro quente, não botei mostarda em lugar nenhum. Foi só mesmo eu hoje bebi Rosé, um Al Mudd rosé. Não é normal eu beber disso. Mas se calhar eu hoje queria lembrar o Sr. Serafim com um copo de Rosé. Eu nunca imaginei um rosé sem ser na barraca do Sr. Ferrão. Eu nunca comi um cachorro quente numa feira. Ainda, até hoje, eu nuca bebi um  Rosé numa feira. Mas hoje, num qualquer 13 de Setembro eu me lembrei do meu avô porque bebi um rosé.


Sanzalando

#goiabeira


#mangueira


12 de setembro de 2020

#life


me olha

Me olha só e vê se eu vou sofrer por antecipação, inconstância ou subtracção. Vê bem e me diz se isso é possível. Eu sei que é, mas faço para que não seja. Eu sou a minha primeira prioridade. Logo, filosoficamente, eu não posso estar nesse sufoco, nesse triângulo indefinido. Eu vou ficar aí sentado à espera de sentir aquele perfume que não faço ideia existe? Eu vou ficar aí me amarrotando sem saber se amanhã faz sol ou vai cacimbar que nem vejo a ponta do dedo? Eu vou ficar por aí rebolando pensamentos empenados só porque desapareceu um dia da minha vida? 
Me olha e se não me vês com bons olhos muda de óculos porque eu não vou ser esse que tu estás a pensar que me viste. Eu sou assim tal e qual que nem eu me consigo mudar. 
Me olha e sorri porque a vida é mais um sorriso e não pode ser passageiro.


Sanzalando

#comida


#zulmarinho


#flores


11 de setembro de 2020

#pordosol


#lugaresincriveis


#lugaresincriveis


faz conta

Faz conta eu voltava o tempo atrás. Só o tempo. Toda a História era igual. Eu ia re-viver a minha vida. Não me arrependo do que fiz mas há coisas que não ia fazer igual. Eu ia morar na mesma rua, eu ia gostar as mesmas pessoas mas eu ia ter um rumo diferente. Eu ia re-ouvir a minha mãe e lhe dizer ela tinha razão  de todas as vezes que me ralhou e eu amuei. Eu não ia trocar as notícias na hora do noticiário mas eu ia dar notícias que naquela hora eu não sabia que havia e houve. Eu ia fazer outras coisas diferentes das que fiz. 
Faz conta o tempo volta para trás e é fácil falar desde agora.


Sanzalando

10 de setembro de 2020

quem me dera

Gostava de sair por aí aos pulos assim como quando era criança. Faz conta dançava ao som duma música que não ouvia mas sentia. Era assim mais como um pular feliz de quem não tem nem preocupação nem lixo na cabeça que lhe pesa. Era tão bom andar por aí e ver quem é que me ia inspirar agora, encontrar uma paixão que nunca soube que senti. Quem me dera cantar as músicas que inventei e não decorei. Quem me dera sair por aí e dizer piropos só porque me apetece fazer sorrir alguém. 
Quem me dera que este sol que sinto não caísse num fim de tarde por mais bonito que fosse.
Quem me dera poder continuar infinitamente a escrever palavras de amor, desde o coração à caneta.
Por tudo isso vou-me por aí, assobiando músicas de outrora que levo numa grafonola chamada telemóvel.


Sanzalando

9 de setembro de 2020

#desportivamente


saudade

Vou aproveitando o que resta do sol de verão. Verão que ainda vou andar por aqui a morrer de saudades também dele. Mas eu vou já escrevendo agora porque a dor em diferido é menor que a em directo. Ou pelo menos tem outro sofrer. Eu sei que não sou capaz de esconder as minhas emoções, de esquecer o destempo que o tempo passado deixa. 
Saudade é paz e descanso quando sentida na hora certa, dose certa e sem qualquer hipótese de ansiedade ou overdose. Vou já sentindo saudade deste sol que hoje me acompanha e que amanhã é outro dia.


Sanzalando

8 de setembro de 2020

divago

E aqueceu que até parece quando sais do avião e levas um coice de calor para trás. A força desse calor é tão grande que até parece eu quero sair de mim por instantes. Os meus pensamentos estão tão dilatados que nem um fica dentro da minha cabeça, explodem-se em sonhos e outros devaneios.
Se não fosse este tanto calor eu ia me achar a melhor companhia para mim, mas assim até sinto calor do meu respirar.
Mas num seriamente falando, está um calor que nem os nervos me afloram à flor da pele e as palavras secas saem vaporizadas num spay de coisas vazias.
Eu me derreto com este calor. Ou será porque penso em ti?



Sanzalando

7 de setembro de 2020

Todos os dias são

Os dias podem parecer iguais mas há dias que são mais iguais que os outros. Esses outros que nos fazem querer ser assim ou assado e não a gente no nós próprios. Próprio que a gente até sabe de olhos fechados quem é que é. Porque há quem por representação constante já não saiba nem quem é e nem quem já foi.
Mas todos os dia são bons para nós sermos tal qual somos; adoravelmente incríveis parecidos connosco e sem comparação com mais ninguém. Apenas a gente ser gente


Sanzalando

5 de setembro de 2020

E quando se faz tarde a gente antecede. Vamos mesmo só deixar de perder tempo. Ele vale mais que ouro. Eu me lembro de ouvir o meu avô a me dizer isso. E que é que a gente faz mais? Perde tempo. E perde tempo mesmo com nada. Vaziamente gasto o tempo num desperdício. Olhar mais e melhor a vida. Desonfender das ofensas ouvidas. Desaborrecer dos aborrecimentos que nos querem impor só mesmo para nos aborrecer. Ser honesto é a melhor forma de não gastar tempo, não perder tempo. A generosidade do dar é outra forma de ganhar o tempo. Gente feliz tem tempo. Dê. 
Não há tempo para ser infeliz. Até tem sol por aqui.



Sanzalando

#momentos


#frutas


#frutas


4 de setembro de 2020

#pordosol


#mangueira


indo de feição

Tem gente que se acaba antes de começar. Tem gente que a vida ainda não começou. Acho eu estão à espera do tempo passar para ver se a vontade de viver chega. Se acorda, gente boa e desconhecida. Os segundos não param à espera. Depois dos segundos tem os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses e os anos. E se esperam vão desesperar por falta de tempo. Desistir porquê? Lutar e conseguir. Cruzar os braços só mesmo para dizer que fia-te na virgem mas corre. O vento não está de feição? Vai à volta, mas vai. Te seguram? Deslarguem-se, como a gente dizia em criança, quando a gente nem sabia nem porquê. Escureceu, vai só buscar a lanterna e vai que logo depois vai clarear. O coração não está vazio, nunca. Tem quatro quartos e mesmo  contraído ele está cheio. É vida.


Sanzalando

3 de setembro de 2020

sol

E dou conta que o sol ainda o é, mesmo que não seja o sol da minha juventude. Esse, o que guardo na memória, que não sei se é real porque pisado pelo tempo que lhe acumulo, é um sol de saudade, brilhantemente vivido, felizmente usado e macumbizicamente guardado para mais tarde reutilizar. Mas dou conta que ainda há sol, que ainda há estrelas a brilhar à minha volta, que eu não preciso mostrar-me quem sou, sendo-o. Este sol, que mais logo se deitará no horizonte, para lá do meu zulmarinho a perder de vista, por vezes com pétalas de cor de fogo outras cinzamente, remexe o meu astral, num bailado de cor e felicidade, que mais logo, num entardecer qualquer, de olhos fechados, me trará recordações dum céu azul, dum mar azul, dum olhar que não sendo azul é celestial. O sol é o arquivo da minha saudade.


Sanzalando

2 de setembro de 2020

#lua


#lugaresincriveis


#lugaresincriveis


chatear

Não faz vento e não me conseguem tirar do sério. Faz sol e eu estou que nem feliz. Mas há forma de ser doutra maneira? 
Chateado, mas feliz. Chateado posso perder o sono, mas não perco assim fácil os sonhos. Nem se quer me altera o caminho, não me cega nem me molda a consciência. Posso ficar de saco cheio, mas não perco nem a paciência nem a educação. 
Posso ter perdido a meninice, mas foi mesmo só porque não segurei o tempo com a força de não o deixar passar. Não foi porque perdi o sério, a alegria ou a minha existência. Ganhei saudade. ganhei sabedoria, consciência e gratidão.
Posso chatear-me. Claro que sim. Mas não o perfume e a alegria de sentir um jardim onde possa passear os meus pensamentos, os meus desejos e os meus sonhos. Posso perder o chão? É claro! Mas vivendo em nuvem eu consigo planar sobre mim e ver o meu brilho separado do pesadelo.
Chateado. Feliz e solitáriamente escrevendo as minhas palavras que um dia sonhei.


Sanzalando

#imbondeiro


1 de setembro de 2020

#desportivamente


Suspiros e abraços

Já nem sei porque suspiro. Cientificamente sei que é o cérebro a mandar-me inalar ar para me oxigenar. Mas com este vento e esta falsa vontade de fazer coisas eu preciso disso para quê? E hoje eu suspiro, mais que a conta. Não deve ser problema de saúde, mas talvez seja de saudade. Um abraço. Uma carícia. Agora só sorrisos e olhinhos. Este ano faz-nos entender certas coisas. Até damos importância à saúde. E à saudade. Que não me acabem os suspiros que mais logo terei os abraços.


Sanzalando

#pitangueiras #frutas


Podcasts

recomeça o futuro sem esquecer o passado