A Minha Sanzala

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28 de janeiro de 2011

palavras sem som

As palavras não saem neste estar de sem voz. Me esforço num repetir que me avermelha a cara que nem a terra de barro vermelho que alcatifava o nosso jardim que era o poiso da família nas tardes de Domingo. Mas o som fica na minha memória como que a me dizer que um dia elas vão sair escritas num colorido livro de brincar. Mas as minhas palavras são sérias, mesmo que não tenham o som monocórdico dum discurso de amor sussurrado na noite ardente para mais tarde esquecer.
As minha palavras me vão dizer que quem ama não quer que tu mudes e se algum dia te disserem o contrário não vão deixar de te amar por isso. As minhas palavras sem som agora servem de cortina que filtram os raios de sol que agora não nasce com o brilho doutras horas nem pairam no ar límpido duma aurora tropical. As minhas palavras não têm som, mas têm sempre o meu significado como sempre tem significado o teu pôr de sol, o teu sorriso mesmo não sorrido para mim, a tua alegria cantada mesmo que não ouvida por mim.
As minhas palavras sem som são a ponte terminável do meu caminho interropido temporariamente.


Sanzalando

27 de janeiro de 2011

me disseram num futuro

Acho a vida é um circulo. Tudo me indica que sim. Em cada esquina há um amor e o nosso? Eu não encontro a esquina. Por isso o mundo é redondo ou eu ando aos círculos. 
Eu sei que disse que durante uns tempos eu não te ia falar, me esqueci de ti de todo e coisas e tais. Mas tal como no circulo eu voltei atrás e procuro nova linha onde eu consiga sorrir e ser feliz. E aí volta ao mesmo e o teu nome volta à minha cabeça como um filme projectado no futuro da minha memória..
Termino te enviando uma rosa que não plantei no meu jardim nem foi cuidada por mim.


Sanzalando

26 de janeiro de 2011

eu tinha palavras

Eu tinha muitas palavras para te dizer, mas o silêncio retirou-me a voz, a frio acabou-se-me com o fio de pensamento. Assim, num silêncio meditado, ouço-me respirar, ofegante e arrítmico, como a afogar-me na ansiedade. Vi uma flor e ela não tinha o brilho de outrora, o seu perfume tinha-se acabado e já não chamava mais a atenção. A flor estava que nem eu. Mas ao menos eu sei que isto é inverno e a flor sabe nada mesmo. Estou em vantagem, ainda por cima a olhar para a chama da lareira e a flor está lá fora e nem sabe o que é uma lareira.
Olha, quando raiar sol quente talvez descongele as minhas palavras e te diga coisas ao ouvido, num modo a que a flor volte a ter brilho e o seu perfume encanta os insectos das redondezas. 
Sanzalando

25 de janeiro de 2011

coisas assim ou não

Eu crio diálogos na minha cabeça e eles me iludem. Caminho para a loucura de estar sem fazer nada. Doce loucura.
Mas agora tenho da fazer alguma coisa ou ainda me esqueço de mim. De ti já pouco me importa, por agora, é certo. Se não for hoje um dia será. Afinal de contas eu fui criado para dar certo.

Sanzalando

22 de janeiro de 2011

olhei pela janela da imaginação

Olhei pela janela e adivinhei que ia chover. Do outro lado do vidro as pessoas passavam embrulhadas nos seus problemas e ninguém reparou que eu deste lado lhes olhava.
O vidro se foi cortinando pelas gotas e as deformações se foram acentuando. O ar disforme de rostos escondia as dores, as alegrias e outras formas de estar na vida.
Pelo meu lado descobri, uma vez mais, que sou incapaz de adivinhar até a chuva, porque não choveu. Do outro lado do vidro não passou ninguém no tempo que gastei a olhar para o mundo. Tudo o resto foi imaginação. Eu sou uma imaginação de mim. Tu imaginas-me como te apetece. Isto é, se perdesses o teu tempo a ver-me.
Não chove lá fora, mas parece que me chove em mim. Acho estou a adivinhar trovoada.


Sanzalando

20 de janeiro de 2011

deixo-me sem palavras

Não sei como é que te vou explicar, dizer em palavras que entendas, a minha tristeza, o meu sofrimento, as minhas lágrimas, a minha dor. Olho para as tuas fotografias, as de ontem, de muitos antes de ontem e para as de hoje e só me saem lágrimas. Vasculho sinónimos, letras soltas, perdidas e vagabundas de modo a que duma maneira fácil eu te diga o meu estado de alma, tudo o que eu queria e tudo o que dei a perder. Só encontro palavras caladas, mudas algumas e com defeito outras tantas. 
Fico-me no silêncio, roubo soluços, descanso o olhar no tempo e ouço o mar no seu sereno marulhar. Deixo-me voar no silêncio planado duma gaivota que voa sobre a areia não escaldante desta praia de vazios.
Não sei como te explicar porque respiro e porque teima em bater-me o coração.
Deixo-me descansar no tempo sereno dum marulhar que voa desde o mar como se fosse uma gaivota a planar em direcção a um sul.



foto de Isaura Morgado
Sanzalando

19 de janeiro de 2011

16 de janeiro de 2011

aqui não se passa nada

Por aqui não se passa nada, faz sol mas sente-se frio, o mar está revoltado, o silêncio adormece-me a alma e eu limpei todas as minhas gavetas, risquei todas as mensagens, afoguei todos os recados, estrangulei todas as minhas esperanças e deixei-me morrer debaixo delas.
Como vês, aqui não se passa nada.
Agarrei no caderninho e uma a uma rasguei todas as folhas onde podia subentender-se o teu nome.
Fiz isto uma vez, quando era um adolescente naif e não me dei mal. Repito agora que os cinzentos se suplantam os outros e espero continuar a não me dar mal.
Sabes, às vezes é preciso deixar entrar ar puro no coração, na alma e no cérebro. Depois eu te vou dizer no meu silêncio que estou pronto para outra.
Mas sabes, já não vou segurar a tua mão. É que dói se tenho que a largar outra vez.
Repito-te, aqui não se passa nada.




Sanzalando

15 de janeiro de 2011

enclausurado

Enclausurado nas paredes de pedra me deixo vaguear por pensamentos, recordações, memórias, imagens e sons. Acho virei um descrente verdadeiro. Penso que necessito de muito papel de embrulho, papel pardo acho, para embalar as mentiras que me rodeiam e já não me magoam, as dores que já não me comovem, a falsidade que já não me atormenta. Depois, com a minha razão servindo de barbante, ato muito bem apertado num nó cego, direito ou esquerdo, e atiro ao mar mais profundo, onde não existem nem fadas, nem kiandas, nem belas adormecidas, nem perfume de rosmaninho.
Já sei, vou virar problema porque me sinto enclausurado na liberdade de ser livre, de pensar, ver e imaginar o e quando me apetece e não ter que ouvir lágrimas rolando estridentemente por faces rugosas de dor, gemidos calados no silêncio da noite que faz de dia.
Assim sendo, com uma taça de água de mar, brindo aos meus defeitos que as virtudes ninguém vê

Sanzalando

12 de janeiro de 2011

Soletrando palavras maiúsculas

Me sento por aqui um instante e em letras MAIÚSCULAS falo, como a que a obrigar alguém a ouvir-me. Estou rouco de cansado e as minhas palavras podem não ser ouvidas tal como eu as pronuncio, com a clareza que as soletro ou entendidas como eu gostaria que elas o fossem. 
Mas quem se importa? 
As minhas palavras são minhas, uma fuga desesperada para um mundo distante e irreal, uma sombra onde me arrefeço e que não é conhecida de ninguém, uma arma apontada à nuca do esquecimento de forma a que a memória não me ATRAIÇOE, ou então um retrato dum lugar bem conhecido, uma fonte onde mato a sede, um mar onde me banho a alma.
As minhas palavras, soletradas em maiúsculas, às vezes ganham vida e me deixam a boca de forma autónoma, desligando-se-me, abandonando-me e às vezes evaporando-se de mim e nunca ficam REFÉNS de mim.




Sanzalando

9 de janeiro de 2011

Me confesso e não sei porquê

Eu me confesso. 
Este humilde autor do blog existe. É real, angolano de coração, português por oportunismo, exerce uma profissão por vocação e é pobre por destino.
Tem muita vontade de aprender a escrever, tem esperança, que um dia vai aprender e vai conseguir escrever como gente crescida, coisas para gente crescida e gente curiosa. 
Porém, é bom que diga, que a personagem que quase sempre aparece neste blog não existe, não é baseada em factos reais nem em lamechismo copiados de revistas e outros lugares. É apenas fruto da imaginação deste autor que um dia aprender a escrever como gente crescida. 
Hoje como é um dia como os outros se esqueceu de ter inspiração para imaginar outra coisa para além desta confissão.
Podia calcorrear ruas, estórias de pessoas conhecidas, inventadas e transponíveis em realidades virtuais. Mas a inspiração não deu para mais e a paciência se esgotou num time out de olhar para a tela branca e ver que o mar tinha desaparecido, que as ondas não traziam mukandas da banda nem a banda bambuleava a bunda ao som duma kizomba, nem o sol espreitava por detrás da cinzenta nuvem que entristece a alma e lacrimeja o olho.
Podia contar estórias de caça em que na noite de luar chutou uma raíz a pensar era uma cobra e partiu um dedo e nunca mais foi em caçadas; podia contar a única vez que atirou uma linha com anzol ao mar e mais não fez que apanhar uma pedra que lhe deu cabo da faina; podia falar de tantas paixões, umas correspondidas, outras não e as não sabidas pelas outras partes; podia fazer tanta coisa aqui sentado a olhar este mar que hoje teima em ser uma tela branca. Podia ler a Arquitectura Urbana da Cidade X, a biografia do Herói ou Heroína Y e Z; podia apenas estar aqui sentado a ver se conseguia ver-te com o teu ar de adolescente, o teu sorriso inocente e o teu olhar ausente mas seria mais ima tarde de imaginação porque hoje estás... como direi se não sei?
Eu me confesso que após seis anos de tentar aprender a escrever concluo que não sei se não é melhor parar e deixar a minha boca calada a ver filmes com legendas, porque não me apetece ouvir, apenas ler, porque não me apetece imaginar, apenas ver, porque não me apetece chorar apenas recordar o que atraiçoadamente me vou esquecendo de imaginar.
Pausa. O blog segue dentro de momentos.
Eu me confesso que é mais uma das minhas despedidas. Um dia acertarei como acertarei na vida.



Sanzalando

7 de janeiro de 2011

recordando (6) - último (digo eu que nem sei se digo a verdade)

Aqui, perto do mar revolto, recordo-te. Apenas porque me revolto por saber que não me olhaste no dia que eu te olhei e vi que tu eras o meu cinema, o meu filme de amor que acabou numa película muda dum actor apenas. Tu ias ao cinema e eu ia ao cinema. Não sei que filmes vi. Apenas queria no intervalo olhar-te, ver-te e saber-te ali, na mesma sala que eu, mesmo que estivéssemos ao ar livre. Não sei se vi filmes com a Scalett O'hara, a Natacha Kinsky  ou Brigite Bardot e outras que nessa altura se calhar ainda não eram dadas como nascidas. Eu apenas via-te e suspirava-te e o resto do mundo era apenas cenário.
Mas tu não me olhaste.
Depois de hoje nem eu mais te olharei nem te imaginarei e se calhar sonhar-te, virarei a cara para outro lado e dormirei.
Sabes, passou o tempo e me disseram que o tempo é o melhor conselheiro. Eu sei que sou surdo e não lhe ouvi, sei que sou teimoso e não lhe liguei. Mas o tempo disse-me que o tempo tudo apaga e se calhar é o que pode estar a acontecer.
Deve ser mesmo porque o mar está revolto e eu aqui tão calmamente revoltado porque me lembrei de ti, que de hoje em avante cantarei o um dó li tó se a tua fotografia me vier à memória.



Sanzalando

6 de janeiro de 2011

recordando (5)

Me sentei no Clube Náutico. Era domingo e ia haver uma matiné dançante. Acho quem vai tocar é o Mini Nota. Conjunto miniatura da Nota. Se não é passa a ser porque na minha imaginação é assim e eu lhe respeito. Este não tem o Sr. Matos e o seu saxofone, nem o Sousa Santos no seu baixo nem o Minas a cantar Deixa meu Cabelo em Paz, nem toca nos bailes do Ferrovia. O Zito também não vem cantar aqui o Percy Sledge a dizer que um Homem ama uma Mulher.  Também já não me lembro que músicas eles tocam, mas ninguém vai me dizer, porque ninguém me ouve falar. Eu sussurro num monólogo entre mim e eu, entre o hoje e o muito ontem da vida e isso não tem interesse de ninguém. Mas não é por isso que eu vou me calar. Me lembro, falo, registo e me calo. Afinal de contas é mesmo só a minha ficção, a minha realidade imaginada e pouco mais que a minha vida vivida.
Me sentei no Clube Náutico porque eu sei ela vem na matiné dançante e quem sabe é hoje o dia que eu lhe vou ouvir a voz num directo discurso comigo?
ÉH. eu e os meus sonhos.
Um dia vou sonhar realidade e vocês vão ficar com cara de espanto e perguntar mesmo que é que eu sonhei. Não vos digo, porque eu só lhes falo do mais que ontem e o amanhã é meu. 
Egoistei e desgostei de falar de futuros passados.
Pelo menos hoje!

Sanzalando

5 de janeiro de 2011

recordando (4)

Que tem a minha cabeça que assim num instante começou a ver o passado parece um filme a preto e branco e movimento acelerado? Se emperro numa palavra mais difícil perco metade do filme porque ele não fica gravado numa fita. Como é que te vou explicar? Eu te projecto o filme em palavras mesmo na hora que ele está a ser filmado na minha cabeça. Tás a ver?
Hoje me sentei na esplanada, mesmo na esquina a dominar ambas as ruas. Se ela vier da Avenida, ou se vier da Drogaria Nova,  eu lhe topo ao longe, me endireito na cadeira, apago o cigarro, escondo a chávena da bica e não lhe vou parecer o vadio que me estou a tornar. É verdade que fui nas aulas, é verdade que ela me viu no Liceu. Pelo menos os olhos dela se passearam por mim num décimo de segundo. Mas depois ela foi estudar já o dia de amanhã e eu fui no AeroClub jogar bilhar com os vadios dos meus amigos. Modo de dizer, é claro, que acho tirando eu, nem um deles chumbou alguma vez.
Mas tá na hora dela passar. Só não sei mesmo ela vem sentada deste do carro ou do outro. Acho ela sabe eu estou aqui, ela vai mudar para o outro lado e mais uma vez vai fazer para não me ver.
Te prometo um dia ela me vai olhar e me vai dizer olá.

Sanzalando

4 de janeiro de 2011

recordando (3)

Seria bem que mais fácil se a gente quando nasce tivesse com a gente um livro de instruções. Mas não. Dão-nos a chupeta e a gente que tenha paciência e cresça devagar tornando difícil a realização futura e a conjugação da imaginação com a realidade no depois.
Como é que eu um dia ia saber que tu ficarias assim tão zangada que nem me olhar me olhaste mais? Eu sei que foi por falta de livro de instruções que eu meti água num algures qualquer, que não dei valor aos valores que tu davas, que eu não amanheci os teus amanheceres e que xinguei a minha alma num xingar que até hoje ainda estou a ouvir o eco.
Mas a vida é assim, errar, aprender, acertar, vencer e ter esperança que um dia tu cresças e me desculpes com um olá e depois digas segue o teu caminho que eu segui o meu.
Mas a vida é assim e se tu continuas como eras nunca vais dizer nem um i nem o seu ponto para mim.
Mas, olha, recordei-te neste tempo e vi-te tal e qual eras, sem tirar nem pôr como se tivesse por aqui uma fotografia a preto e branco onde estivéssemos os dois.
Também penso em cada impossibilidade. Incurável a minha doença de imaginação.








Sanzalando

3 de janeiro de 2011

recordando (2)

O céu está vermelho, me ensinaram que quer dizer que amanhã vai estar um dia de sol grande neste verão e podemos ir correr na praia, saltar e mergulhar como crianças felizes que somos. Quer dizer, como eu gostava que fosse assim tão fácil. Mas entre nós existe a indiferença. Não é reciproca, mas a que vem desde o teu lado chega para os dois.
Mas não interessa, vamos na praia, eu fico uns 10 metros a dar para leste, e assim na surdina do desconhecimento eu te olho e te admiro. Vais chegar no teu biquini azul, estender a tua toalha colorida de muitas cores, sob o guardassol cor de laranja e vais te estender até o corpo ficar moreno. Depois vais na água, teu andar direito de bico de pés que te devem ter ensinado que se anda assim, e mergulhas que até o mar se esquece de fazer ondas. Eu estarei sentado, algures na areia a fotografar de memória cada pose tua.
Na hora do almoço te mandas para casa, de carro e eu a correr por becos e vielas para chegar primeiro e te poder ver entrar desde o meu ponto de observação escondido.
Eu, o teu guardador, que ainda hoje te guardo por entre as minhas estrelas e constelações.




Sanzalando

2 de janeiro de 2011

recordando (1)

Jogo palavras sobre o lusco fusco da memória.
Me lembro as tuas estórias, me lembro o teu sorriso, me lembro o teu olhar e me lembro de te ver a jogar ténis nos sábados de manhã.
Não sei porque jogo assim as palavras. Hoje já não deves ser igual ao que eu me lembro, o teu olhar deve deitar fogo, as tuas palavras devem ser silêncios que ferem mais que o cavalo-marinho da minha infância e o teu sorriso já não deve ter o brilho de outrora. 
Mas são assim as palavras, cruzadas no quadriculado da adolescência e do cabelo grisalho da maturidade.
Eras a flor de água, o motor do meu sorriso, a gargalhada da minha piada. Agora, deves ser a lança que espera um momento de distracção. Não, agora és a minha memória e eu a ti sou nada ou um pouco menos ainda que isso.
Palavras que jogo no tempo e caiem no teu colo. Queria eu... que já nem sabes que eu existo.
Talvez se eu colasse por aqui a minha foto, em tamanho grande, porque a visão já te deve faltar, poderias dizer, desde que eu não ouvisse, tenho uma vaga ideia dele. Mas mesmo assim, se bem te conheço, ficarias calada, estamparias no teu rosto a esfinge serena de poder dizer um não conheço convincente.
Jogo palavras ao ar com a esperança que alguma te caia no colo, um dia.

Sanzalando

1 de janeiro de 2011

e em 1 de Janeiro de 2011...

... me disseram que lá do outro lado chovia quente enquanto aqui solava frio agradável. Era mesmo um sol brilhante daqueles que até faz o olho ficar brilhante de parece tudo está feliz. Pelo menos a mim o sol tem esse efeito de parece eu sou outro e quero outras coisas. Assim, agarrado na minha companheira de dias assim, em que não venta nem de leste, nem de norte nem do raio que me partiu a força muscular de descer e ter que pedalar, fui ver o primeiro mar deste ano de 2011. Aqui fica só o registo que as palavras não são tão bonitas quanto deveriam de ser, por causa da qualidade da caneta deste vosso escriba.







Sanzalando
recomeça o futuro sem esquecer o passado