29 de dezembro de 2025

me entreolhei numas pãginas que li

Mermão, me sentei assim de agachado nos hexágonos da marginal a ver o céu para lá da linha recta que é curva. Se me perguntares o que eu lhe estava a fazer eu te vou responder que esqueci. Pois fiquei só mesmo a olhar, assim para um livro que não foi publicado mas devia. Eu estou lá no livro às páginas tantas. Tu, mermão Dido, também lá estás. Ela não esqueceu, porque me diz que lhe fazemos parte da história. Dois que sentaram na mesma marginal e que ela foi encontrar em lugares distantes, em momentos diferentes com um denominador comum: ela. Coisas da vida. Tem sinas que não vale a pena fugir. Uns vão dizer é Karma e outros sina e eu coincidência. Seja.
Mermão, me olhei na fotografia e pensei era assim eu? Gajo bonito que nem lembro mais como eu fui. Sei, fui de sorte e de sorte tenho vivido. Sorte nos amigos e nas amigas que tenho nesta vida. Olha só esse mar calmo que me segreda as coisas e me oferece o som no seu marulhar de calma. 
Mermão, se um dia e for à ilha eu lhe vou agradecer de coração. É bonito olhar esse passado e viver este presente. 


Sanzalando

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