Seguro as palavras ao ritmo da chuva que cai. Eu não quero que elas se afoguem. Eu não quero que andem à deriva.
Seguro as palavras em silêncio enquanto agarro uma lágrima com medo que outras saiam a seguir.
Seguro-me às palavras que não disse porque não quero parecer um desistente que não desiste.
Assim, pela minha janela, em silêncio, vou olhando-te com ternura tentado que as palavras não gastem o tempo.
Ao ritmo da chuva, que cai veloz porém miúda, agarrado às palavras, vou-te dizendo em surdina que te gosto, com medo de acordar o tempo.
Sanzalando
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