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12 de janeiro de 2009

É do frio

Deve de ser mesmo do frio.
Enroscado sobre mim e dei-me a ver que não te sentia e que só apareces no meu cérebro quando te apetece, quando achas que é a melhor altura para ti.
Quando os dias são sombrios e eu estou afogado na nostalgia ai apreces tu na tua arrogância de princesa, dona e senhora dos meus pensamentos, sabendo que eu te deixo entrar. Débil.
Eu já sei que sou um pecado que transporto no sonho os desejos de ser acariciado pelo teu vento, agasalhado pelo teu calor e perfumado pelos teus odores.
Morrer seria mais fácil. Morrer de frio, por exemplo, destruído pelo cortante vento norte. Destruir-me ser-te-ia mais aprazível.
É do frio que te falo assim porque eu sei que não existe remédio, não há cura para este sofrer, a não ser esperar que uma dia tu acordes e chames por mim, pouco importando o estado do tempo.

Sanzalando

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