Disquei na minha mente o teu número de telefone, como se tu tivesses um número só para mim. Queria dizer-te todos os meus sentimentos num soletrar de palavras na forma de num eventual cruzamento de linhas não ficar um equívoco pairando no ar. Queria ler-te o meu pensamento sublinhando a parte mais sensível.
Queria dizer-te o mal que nos fizemos, aflorar a doença que nos infligimos, queria traduzir-te o desespero das lágrimas secas que te choro.
Voltei a discar o número que tu tens só para mim.
Insisti tantas vezes que cheguei à conclusão que afinal não tenho o teu contacto e por isso desliquei-me num embrulhar de quem foge do frio.
Sanzalando
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