Penso que sabes que depois de tanto tempo ainda não consigo ouvir certas músicas, como se elas fossem um marco qualquer na minha estória de cantar, no meu conto vígaro, na minha memória de esquecer.
Penso que não sabes, nunca irás descobrir, que eu jurei que um dia eu ia conseguir me esquecer de ti. Esquecer esqueci, mas o meu coração às vezes tenta lembrar-me e eu lhe desligo que ele até fica a bater desritmado, parece quer sair de trás das costelas e seguir-te, mas eu consigo muito bem lhe domar, mesmo que não saiba porquê que ele se comporta assim.
Também não sabes que eu gostava, às vezes, de ser um pássaro e bater asas para longe quando as coisas aqui ficam de mal comigo.
Mas vais ficar a saber que hoje é a última vez que eu pergunto se sabes alguma coisas de mim. Apenas porque já te esqueci no meu modo próprio de esquecer.
Sanzalando
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