Rádio Portimão
Podcasts no Spotify
- podcast no spotify
- K'arranca às quartas
- Felizmente há luar
- Livro do Desassossego
- Dia Mundial da Poesia
- Caminhos Imperfeitos
- Os transparentes
- Jaime Bunda Pepetela
- Portugal e o Futuro
- Programa 14
- Amores e Saudades de um Português Arreliado
- A Bicicleta que Tinha Bigodes
- O Avesso - Graça de Sousa
- Conto dos Cães e Maus Lobos
- Chamas de Amor
- Trilogia de Anabela Quelhas
- Programa 24
- Tesourinho Musical
- Sarmento de Beires e sua obra
- Programa 25
- Crónica 15
- Miguel Torga
- Crónica 16
- Tesourinho Musical 2
- Programa 26
- Programa 27
- Crónica 17
- Tesourinos Musicais 4 os Ekos
- Programa 28
- Posso dar-te uma Palavra?
- Crónica 18
- Tesourinho Musical 5 - Chinchilas
- Programa 29
- Saramago no texto de Anabela Quelhas
- Tesourinho Musical 6 - Conjunto Mistério
- Programa 30
- Crónica 19
- Algarve em Transe
- Tesourinho Musical 7 Tony de Matos
- Programa 31
- Crónica 20
- Livro - Sangrada Família
- Tesourinho Musical 8 - Sheiks
- Programa 32
- Crónica 21
- Manuel da Fonseca
- Tesourinho Musical 9 - Night Stars
- Programa 33
- Crónica 22
- Mia Couto -Terra Sonâmbula
- Tesourinho Musical 10 - Conj. António Mafra
- Programa 34
- Crónica 23
- As três Vidas - João Tordo - Livro
- Tesourinho Musical 11
- Programa 35
- Crónica 24
- Guilherme de Melo - Autor
- Tesourinhos Musicais - Os Álamos
- Programa 36
- eu e a cidade
- Crónica 25
- A Casa dos Budas Ditosos - João Ubaldo
- Tesourinhos musicais - Os Gambuzinos
- Programa 37
- Ruy Duarte de Carvalho - Autor
- Crónica 26
- Microfone Livre 02
- Tesourinhos musicais 14 - Blusões Negros
- Programa 39
- Tesourinhos Musicais 16
- Crónica 28
- Bambino a Roma - o livro
- Programa 40
- Crónica 29
- Luís Fernando Veríssimo - 2 livros
- Tesourinhos Musicais - Madalena Iglésias
- Os Maias - Eça de Queiróz
- Crónica 30
- Microfone livre 05 - Graig Rogers
- Programa 41
- Tesourinho Musical 18 - Conjunto Académico João Paulo
- Programa 43
- Tesourinhos Musicais - Os Kiezos
- As Intermitências da Morte - Saramago
- Crónica 32
- Programa 44
- Circulando aos Quadrados por Anabela Quelhas
- Tesourinhos Musicais 20 - Os Ekos
- Crónica 33
- Programa 45
- Crónica 34
- Tesourinhos Musicais 21 - Conjunto Mistério
- Manuel Rui Monteiro - Quem me dera ser Onda
- Programa 46
- Crónica 35
- Tesourinhos musicais 22 - N'Gola Ritmos
- Anibalivro Rui Zink
- Programa 47
- Crónica 36
- Tesourinhos Musicais 23 - Os Joviais
- Manuel Teixeira Gomes - Gente Singular
- Programa 48
- Crónica 37
- Tesourinhos musicais 24 - Quarteto 1111
- Jamina Ann da Silva - Mensagens Encantadas
Programas K'arranca às Quartas no Blog
- Programa K'arranca às Quartas
- Programa 21
- Programa 22
- Programa 23
- Programa 24
- Programa 25
- Programa 26
- Programa 27
- Programa 28
- Programa 29
- Programa 30
- Programa 31
- Programa 32
- Programa 33
- Programa 34
- Programa 35
- Programa 36
- Programa 37
- Programa 39
- Programa 40
- Programa 41
- Programa 42
- Programa 43
- Programa 44
- Programa 45
- Programa 46
- Programa 47
- Programa 48
30 de novembro de 2014
28 de novembro de 2014
palavras que escondi
Malditas letras que não encontro.
Sanzalando
Como é que escrevo que estou a rir sem parecer um tonto? Dito assim secamente parece sou tonto de rir. Quando falo que choro me dizem lá está o sentimental. E rir? É que é bom. Como o descrevo? Malditas palavras que não sei onde as escondi.
Amor. Sinto amor. O mais que poderia acontecer é não ser correspondido mas isso não precisava escrever. Quero é rir. Como escrevo sem parecer um tolo?
Olha, amor, vou-me rindo e seja como for. Gosto-te assim sem ter as palavras para te escrever porque as arrumei não sei onde.
Sanzalando
27 de novembro de 2014
a chuva e a realidade
Olho pela janela e me revejo escorrendo pelos vidros como a água da chuva que cai. Se eu não soubesse que os meus vidros eram transparentes eu ia dizer eles estavam transformados em deturpadores da visão, tal é a distorção que fazem.
Ali, distorcidos vejo os meus medos.
Olha-me tu a tropeçares numa qualquer rua e um qualquer sorriso mais puro que o meu te levar.
Olha-me tu a ficares cansada da minha constante e sempre igual gargalhada.
Olha-me tu a seres acariciada pela água da chuva e eu aqui fechado com medo de me molhar.
Olha só o que a água da chuva faz ao bater na minha janela. Distorce a realidade
Sanzalando
26 de novembro de 2014
fui dar uma volta
Como diz a minha companheira destas coisas de blog e afins: lá está ele em crise de palavras. É. Gastei-as. Das mais diversas formas elas se foram. Umas poderiam ter sentido e outras deveriam ter sido caladas. A falta de jeito tem destas coisas.
Hoje estou que nem o tempo. Frio. Chuvoso. Brilho de sol nem vê-lo. Eu sei que é noite faz tempo. Mas o tempo não se faz e as palavras não se recauchutam. Fui dar uma volta.
Sanzalando
25 de novembro de 2014
memos
Já reli rascunhos, uns consegui decifrar o que rabisquei e noutros deduzi. Já relembrei as mensagens que deitei em garrafas mar adentro, já idealizei novos meios para novos recados, mukandas e outras informações.
Apenas sei que dói. Se me perguntam eu digo dói. Onde? E eu não saberei responder porque apenas sinto a dor.
Tudo tem a haver com o grito de guardei tanto tempo dentro de mim, até tu apareceres e como que por milagre me abriste a garganta e ele se soltou.
Dói ter recordações, sonhos e memórias que não se realizaram, mas um corpo de água afoga-me a mágoa e trás-me à vida na tua carícia que sinto em toda a parte.
Sanzalando
21 de novembro de 2014
queria e quero
Queria partilhar palavras como se fossem carícias, gestos como se fosse diálogo, olhares como se fosse um filme.
Queria abrir as portas do mundo e sorrir como se fosse um dia de muita luz.
Queria olhar no espelho e ver-me como me sinto faz vinte anos atrás.
Queria desenhar a alma com mão firme e esquecer as dúvidas que atafulham meus medos.
Queria ser tanto para o tão pouco que sou.
Queria ter espaço futuro sem necessidade de usar o agora como se fosse o último minuto.
Queria e continuo querendo poder amar-te num interminavel templo de sol.
Sanzalando
19 de novembro de 2014
só porque chove
Chove que nem parece ter céu que chegue. Tanta água remexe a terra, lava a fundo a consciência, enfraquece o medo e as luzes da rotina se apagam.
Chove num adultério de memórias, numa orgia de dores.
Chove afinal apenas.
Sanzalando
18 de novembro de 2014
É assim a vida de cada dia
Assim como gasto o tempo vou gastando palavras. Umas ao deus dará e outras darei a quem as receber. Umas vezes desperdiço tempo enquanto outras eu o ganho. Como assim, é simples estar bem, o difícil é conseguir-me manter simples. E lá vou eu sorrindo, umas vezes com lágrimas nos olhos, outras transbordando sorrisos. Umas vezes grito que desisto, outras caladamente expulso faíscas que acendem enormes lareiras que me aquecem.
É assim a importância que me dou importante.
É assim que vivo, umas vezes deitado no teu ombro soluçando silêncios e outras vezes sussurrando carícias ao teu ouvido.
É assim a vida de cada dia
Sanzalando
15 de novembro de 2014
diferente
Nem frio nem calor. Nem sol nem chuva. Um dia diferente. Faz conta a casa é diferente, eu sou diferente, tu és diferente. Hoje não temos maquilhagem, máscaras ou simulações. Hoje é diferente. Hoje não há sofrimento no mundo, não há fome, nem doenças nem alegrias nem tristezas. Diferente. Não há rua nem abrigos. Hoje é dia de ser dia. Apenas dia.
É que para além de ti, amor, só quando me olho ao espelho eu vejo quem me faz feliz.
Sanzalando
14 de novembro de 2014
bom para o ego
Porque teimo olhar o céu cinzento se dentro de mim faz sol? Procuro novidades a ler as nuvens? Nem a sina, nem as estrelas nem os lábios e às vezes nem os olhos.
Afinal de contas no face aprece que o tomate faz bem a isto, o chá de qualquer coisa aquilo e por aí fora, pelo que não devo adivinhar nada de novo. Acho está tudo adivinhado.
Mas eu olho o céu cinzento nem que seja por vício. Algum havia de ter, digo eu. Tenho medo que chova? Medo antecipado é sofrimento com antecedência.
Bem. Hoje não vou gastar mais letras. Vou-lhe dar abraços e fazer carícias. É bom para o ego.
Sanzalando
13 de novembro de 2014
delírio nominal
Faz conta meu nome é João Pedro. Delírios dum ser maior. Porquê este nome? Saiu assim num repentinamente de quem tem memória esconde qualquer coisa soltamente perdido nas palavras. Ri. Até que é parecido. Excepto que não é real e o imaginário seria mais imaginável, mais elaborado, invulgar. Sei lá. Faz conta meu nome é João Pedro. Assim mais nem menos. Soltamente saído pela boca que não estava ligada ao cérebro.
Vamos procurar na ciência o porquê? Vamos perguntar ao Sigmund Freud?
Tanto trabalho para quê?
Sou feliz assim, com delírios e sem eles também.
Sanzalando
11 de novembro de 2014
fui que sou
Usei as letras que sabia para construir uma prisão onde me aprisionei. Todas as palavras serviram de grades. Todos os parágrafos eram vedações. Eu, solitário, sobrevivi. Desmontei letra a letra tudo o que desconstrui. Soltei amarras e voei. Livre pelos quatro cantos duma existÊncia.
Umas vezes tenho medo de não ser quem acho que sou, com pavor de não saber reconstruir-me em cada desfaçatez, de não ver-me livre dos abismos intragáveis que inventei e de me apodrecer no reflexo dum espelho.
Já fui apenas um corpo com vida.
Já gastei o corpo nas vagas da inércia.
Já me varri para debaixo do tapete com medo do vazio existencial.
Livremente sorri e deixei-me levar pela alegria.
Desmontei a minha prisão, soltei as minhas grades e arranquei as vedações.
Existo integralmente.
Sanzalando
10 de novembro de 2014
brilha sol ou não
Será que fazia sol?
Sanzalando
Acho que não porque além do mais era noite. À noite em Novembro neste local não faz sol.
Na verdade mesmo é que não sei a hora, mas falar-te foi assim como um brilhar de estrela, um brilho verdadeiro, intrinsecamente ligado à tua beleza nos meus olhos.
Passado um ano ainda fico de olhos brilhantes observando-te, admirando-te, sonhando-te e esperando-te.
Passado um este tempo não ofusquei o brilho e o bilhete que eu não sabia se era de ida, ida e volta ou se era apenasmente válido não me deixou sozinho no meio da multidão.
Faz sol porque brilha, seja a hora que for.
Sanzalando
7 de novembro de 2014
namorando
Troco palavras faladas numa conversa animada contigo. Aliás, seja lá isto o que quer dizer, não imagino passar o dia sem te dizer as palavras que o coração me cria. O engraçado mesmo desta rotina de falarmos de tudo, das frustrações às alegrias, do trabalho ao laser, dos assuntos sérios às piadas, é que eu comecei a amar-te sem me aperceber e agora amo-te num quase entendendo tudo, num quase compreendendo tudo.
Nesta múltipla troca de palavras é como que me olhasse ao espelho e não me vejo diferente. Eu sou a imagem que o espelho reflete e isso me deixa satisfeito. Não me mudaste, aperfeiçoaste-me!
Sanzalando
6 de novembro de 2014
O que eu queria da parte última
O que eu queria mesmo era escrever um livro que meditasse na pureza da alma, independentemente do que isso quer dizer.
Mas não queria um livro de palavras, porque para esses eu tenho Saramago, Ondjaki, Mia, Gabriel, Namora e outras tantas palavras que até me dá fome de ler.
Eu queria um livro onde a nudez de palavras fosse vestida com sentimentos, que a minha timidez fosse disfarçada com ventos e as virgulas e pontos finais fossem de muitas cores sem esconder pudores e outros rumores.
Eu queria escrever um livro sem ter de usar as poucas palavras que soletro nos meus momentos de loucura com doçura.
Sanzalando
5 de novembro de 2014
o que queria, parte incerta
Eu queria escrever um livro, sem palavras, onde ensinasse a esquecer a dor, o sofrimento físico e mental, o esforço, a raiva e o ódio, as lágrimas e as caras tristes. Todos os outros livros nos ensinam tudo menos a nos defender das pequenas coisas do dia a dia, da vida como que ela é.
Eu queria escrever um livro que tivesse o perfume das flores, o meu perfume, o teu perfume.
Nesse livro eu ia dizer quem sou e porque o sou. Nós somos o que somos por várias razões e nem sabemos delas nem metade porque não vem nos outros livros todos que eu já li.
Eu queria escrever um livro a que páginas tantas eu te visse e eu me transformasse num ser de sentir sentidos.
Eu queria e vou continuar querendo, mesmo me esquecendo por tempos o tanto que eu já tinha querido antes.
Sanzalando
4 de novembro de 2014
o que eu queria mesmo
O que eu mesmo queria era escrever um livro. Mas não um desses livros de palavras que ficam bem nas prateleiras, que dão ar de intelectual, que se enchem de pó, que se arrumam para um canto, que não dizem nada, que não ensinam nada e que não passam por nada.
Queria mesmo escrever um livro de sentimentos que nunca fechei em nenhum cofre ou armário, que vivi nas muitas idades que senti desde que me lembro ser estudante, trabalhador ou vadio. Um livro que sentisse amor ou ódio, fuga ou entrega, sons ou silêncios, mas sentimentos verdadeiros.
Queria mesmo escrever um livro em que tu serias a página principal, a capa, a contacapa e quem sabe o conteúdo todo.
Queria mesmo escrever um livro que te sorrisse o meu sorriso, que te molhasse com a minha lágrima ou apenas te embalasse no teu adormecer.
Mas se eu não sei escrever como poderei eu desenhar sentimentos assim?
Sanzalando
Subscrever:
Mensagens (Atom)