O que eu mesmo queria era escrever um livro. Mas não um desses livros de palavras que ficam bem nas prateleiras, que dão ar de intelectual, que se enchem de pó, que se arrumam para um canto, que não dizem nada, que não ensinam nada e que não passam por nada.
Queria mesmo escrever um livro de sentimentos que nunca fechei em nenhum cofre ou armário, que vivi nas muitas idades que senti desde que me lembro ser estudante, trabalhador ou vadio. Um livro que sentisse amor ou ódio, fuga ou entrega, sons ou silêncios, mas sentimentos verdadeiros.
Queria mesmo escrever um livro em que tu serias a página principal, a capa, a contacapa e quem sabe o conteúdo todo.
Queria mesmo escrever um livro que te sorrisse o meu sorriso, que te molhasse com a minha lágrima ou apenas te embalasse no teu adormecer.
Mas se eu não sei escrever como poderei eu desenhar sentimentos assim?
Sanzalando
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