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9 de abril de 2016

autoretrato perdoativo

Num andar por aqui e por ali sinto que tem gente que me vai perdendo, que me deixa ir no esquecimento do tempo e aí eu começo a ver que a importância que eu pensava tinha ela não era mais que uma ilusão.
Num andar por aqui e por aí, perdido em palavras e muito trabalho sinto que tem gente que vou perdendo, que me esqueço de dizer nem que seja um alô como estás, que não lhes mostro o meu sorriso porque me perdi em pensamentos interiores, e aí eu começo a ver que a importância que eu pensava tinha lhe estou a apagar suavemente.
Num andar por aí ou por aqui me vou entregando a coisas novas e parece o tempo é curto e até os inimigos parece começam a gostar da gente que a gente até que sente necessidade de arranjar outros para estimular .
Num parece que faz muito tempo deixei de ter aquela voz doce de quem fala na rádio, aquele sorriso encantador e quem sabe o brilho nos olhos de quem chora calado.
Num andar por aí, mundos percorridos nos sonhos duma qualquer geografia, me deixo levar como a criança que nunca deixei de ser.



Sanzalando

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