Me acordei assim de um sono que foi mesmo de dormir profundamente e ouvi no rádio que era dia da criança.
Foi aí que me lembrei de ser outra vez criança e de ver a D. Fernanda Corado, a D. Madalena, D. Maria e sua filha D. Idalina, a D. Lúcia Fonseca, a D. Lucília Rocha a se cruzarem na minha rua que embora fosse a subir dava para jogar à bola. Metade era a subir e a outra metade era a descer mas quem ia importar mais com isso? Era a Rua dos Pescadores e era assim num dá para mudar. Além do dono da bola e eu éramos aí uns mais de sete a jogar, que não vou-lhes nomear porque pode faltar alguém e não me apetece levar porrada porque não lhe pus a jogar.
O muro do quintalão era protecção porque não tinha vidros para partir.
Era no tempo de ser criança. Mas afinal não era dia de lembrar ser criança. Era dia da Criança, que para mim é todos os dias não fosse eu sempre a criança do meu passado. É que é mais ou menos a mesma coisa de que quando a gente é criança e não o quer ser porque quer ser adulto. É como a música que a gente não gosta, mas lhe ouve tantas vezes que quando a gente acorda ela está lá na cabeça a cantar.
Sanzalando
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