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6 de janeiro de 2017

Eis-me sempre igual.

Sentado à beira mar, como se não existisse mais mundo, vagabundei-me por memórias, recordações e imaginações.
Que necessidade temos nós de viver expectativas alheias?
Pequenos olhares estranhos são suficientes para nos sentirmos desconfortáveis. Uma dança mal dançada e lá estamos nós ruborizados de vergonha. Uma barriguinha a sobressair da camisa e lá estamos nós a imaginar ginásios e dietas.
Aqui, à beira mar sentado, de olhos posto em mim sorrio. Afinal de contas nada me envergonha, nada me entristece e nada me pesa na consciência. Ensinaram-me a viver bem comigo, com as minhas recordações, memórias e imaginações, tal qual que eu as invento, sem rodeios, brilhantes ou serpentinas. Eis-me sempre igual.


Sanzalando

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