Faz frio. Figura de estilo: frio de rachar. Eu tremo. Não sei se é apenas do frio se também com o virus que se alojou em mim e não me quer largar. Mas tremo. Já sei que daqui a pouco vão-me doer músculos que nem sei que os tinha.
Mas mesmo assim aproveito o tempo para meditar. Está sol, dia claro, vejo melhor os horizontes da minha memória.
Há um monte de coisas em mim que não sei se algum dia eu vou-me conseguir explicar. Se falar da insónia, misturado com os meus sonhos e amalgama de silêncios vai dar assim numa mistura de egoísmo, com forretice e medo do mundo.
Explico-me, se conseguir.
Tenho insónia porque não quero deixar de pensar em mim, logo sou-me egoísta.
Sobre os meus sonhos não falo para não os gastar e não os perder de vista ou da mão.
Através do silêncio tento dizer ao mundo que está errado porque violento mesmo na palavra dos santos sábios.
Faz frio e eu medito tremendo.
Sanzalando
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