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12 de outubro de 2017

divaguei no Outono

Me deixo embalar na música do outono. Troco pensamentos e sonhos por palavras simples. Não
complico a minha maneira de estar. Não triplico a minha dispersão no estar. Estou, de alma e coração onde quer que esteja. Simples e racional como as ondas do meu mar que um dia chamei de zulmarinho, com quem um dia fiz votos de ligação eterna e que um dia me deixou estar ligado como um cordão umbilical à terra da minha devoção. Ninguém me conhece para além da capa que me superficializa. Ninguém sabe os meus medos, segredos e outras ninharias perdidas em noites de insónia. Não, não deixo desfazer o meu mundo por outros mundos, por outras vidas ou por outros caminhos. Sou quem sou na razão de tudo o que já vivi e somei. O zulmarinho me liga, me limpa os olhos, a alma e o coração.
Tudo me liga ao simples como se o céu da boca fosse o céu de lá de cima e a planta dos pés a minha flor predilecta. 
Me deixei embalar no sol de Outono e soltei palavras ao vento que não sopra.


Sanzalando

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