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11 de outubro de 2017

relembrando o mapa da cidade

Bem me quer ou mal me quer é verdade que a simetria da minha cidade me afeta. Esquadria quase perfeita que se perde na parte nova para lá do deserto dento onde as vivendas com desenho complexo se vão multiplicando devagar. Gente nova se distancia do centro idoso da cidade. Não sei é de propósito ou não. A meu ver é ideia que não é boa. Avenida do Bonfim, é paralela à Rua dos Pescadores que é paralela à das Hortas que por sua vez é paralela à da Fabrica e as transversais são perpendiculares a estas e paralelas entre sim. Simples que nem desenho geométrico ensinado pelo Professor Ezequiel e antes me ensinara o Professor Amaral e a Professora Estrela.
Assim desorganizada a cidade parece outras cidades de curvas longas que nem rectas encaracoladas sobre si.
Como é que eu vou dizer a um carcamano onde fica o sitio qualquer se não tiver a esquadria na cabeça?
Fico na cidade mais velha, mesmo na Rua dos Pescadores, assim quem vai saber onde eu moro?
Na torre do Tombo? No Bairro da Facada? No Forte de Santa Rita? No Bairro do Mucaba? Mesmo na minha rua, aquela que eu chamei de minha na posse plena do meu centro universal.


Sanzalando

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