30 de abril de 2025

Viva a rádio e quem nela aposta. Quando tudo apagou, a rádio brilhou!

Antes da primeira música do K'arranca às Quartas de hoje:

Houve um apagão. Primeiro, veio aquele silêncio estranho das máquinas desligadas: o frigorifico sem fazer o seu ruído, o exaustor calado no meio do cozinhado, e a luz dos relógios digitais deixaram de dizer as horas. Por um instante, a casa parecia ter parado de respirar. A vizinha bateu à porta e fez a pergunta: Têm Luz vizinho? Nesse momento fiquei a saber que o bairro estava sem eletricidade. Minutos depois deste silêncio chega uma mensagem ao telemóvel: ouça a Antena 1. Fiquei então a saber que não era o bairro. Não era a cidade. Não era o país. Era a península ibérica que ficara às escuras.

Mas o mais importante é que no meio da escuridão, embora ainda fosse meio-dia, vi que algo resistia. O velho aparelho de rádio a pilhas, esquecido numa prateleira de casa, desde o último relato de futebol ouvido, voltava a ganhar importância. De repente o som chiado das vozes virou companhia. A Rádio esteve em alta, não em métricas digitais mas nos corações de quem como eu queria ser informado.

Viva a rádio e quem nela aposta. Quando tudo apagou, a rádio brilhou!



Sanzalando

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