recomeça o futuro sem esquecer o passado

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31 de outubro de 2012

mais um episódio da estória que ainda não vou contar

O Brigadeiro Rato hoje acordou assim com o rabo virado para a lua que até parece é eclipse por isso não vou contar que ele veio das terras do planalto até na capital faz 20 anos e ainda não era o Brigadeiro Rato mas apenas Mateus Guilherme soldado das forças inimigas integradas nas novas forças armadas e ainda não tinha o cinto do tamanho do kilómetro sempre a fazer furos e acrescentos. Por isso vou só ficar numa frase que ele diz o dia todo parece até é importante: o problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas e as idiotas só têm certezas.

Sanzalando

30 de outubro de 2012

uma estória que um dia vou contar

A caneta escreve mal, parece arranha o papel e a letra não sai legível para possível correcção futura. Por isso não é hoje que vou contar a estória verdadeira do Brigadeiro Rato que numa foi na tropa mas subiu os degraus todos até ser ruado com a sua cintura de quase dois metros. Fica na próxima vez que o tempo ajudar.
Assim, quase rasgando o papel com esta caneta que fui desencantar numa gaveta velha, escrevo apenas que da vida não quero muitos excepto saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o consegui e amei o que valia ser amado. O que perdi afinal acho nunca foi meu, como diria o Brigadeiro Rato que um dia lhes vou apresentar.

Sanzalando

29 de outubro de 2012

palavreado à toa

Tivesse eu talento, energia imaginativa ou soubesse palavras suficientes, eu contaria a partir de agora contos de fadas, de amor, estórias de engatar e outras coisas de divertir. Mas limito-me à insignificância dos meus meus contos de falhas, das minhas frases choradas de alma e encharcadas de dor, da minha mania de ser outro, mais forte e mais audaz à espera dos dias de loucura para as decisões impensadas e mais tarde arrependidas.
Mas na verdade ser louco custa!


Sanzalando

28 de outubro de 2012

28 de Outubro de 2012

Em palavras de tom cinza, algumas dispersas mais coloridas como a querer chamar a atenção, eu declaro que a partir de hoje pendurarei no varão de secar roupa todas as coisas ruins para ver se se evaporam de vez.


Sanzalando

FELIZ ANIVERSÁRIO


FELIZ ANIVERSÁRIO
Te conheci entre tantos e te gosto entre poucos.
Não precisas de fazer amigos, as palavras que te escreves, fazem-nos.
Bj 





Sanzalando

25 de outubro de 2012

palavras sem nexo

Meditando num dia de trovoada precisava duma bebida, cigarros para dizer que não os fumo, e um milhão de silêncios para não me incomodar. Precisava também de férias dos meus problemas e se calhar das minhas memórias. Dava jeito um teclado onde lágrima a lágrima escrevia palavras sem nexo.

Sanzalando

24 de outubro de 2012

O silêncio é um diálogo

Sanzalando

palavras leves

Nem silaba nem letra. É o que deu estar sempre a reclamar, a nostalgiar e a sonhar. Não me adianta protestar nem queixar. A vida é simples: existem coisas que a gente pode fazer e outras que não podemos.


Sanzalando

22 de outubro de 2012

palavras sérias

Letra a letra consigo escrever, trémula e lagrimejantemente, que resolvi aceitar as coisas da vida sem dor. Ninguém é como eu sonho nem fazem o que gostaria de ver feito. Ninguém valoriza o esforço nem oferecem uma mão. Apenas vivo a partir de agora!

Sanzalando

21 de outubro de 2012

palavras me ditdas

Já começo a ver uma linha por baixo das palavras, mas elas continuam ainda sem sentido. Deve ter sido da pancada que me deixou oco, à beira do quase louco, frio, de significado congelado dum inverno na alma que chegou a destempo e que me levou ao suicídio de solidão. Hoje pego em pequenas palavras, simples, e digo que um dia destes vou voltar a ser eu por inteiro.

Sanzalando

20 de outubro de 2012

palavras de rascunho

Pego em rascunhos, papeis amarelecidos e húmidos, tentando encontrar as palavras que fui perdendo apenas porque quis, porque não soube guardá-las ou porque eram o seu destino. Sacudo o pó e as palavras não fazem sentido. Amarroto e cesto dos papeis para reciclar mais tarde. Pego outra,, humida quanto baste para que ao tentar desdobrar se rasga pelos vincos. Tentar sair dum passado sem arranhar ou rasgar é afinal difícil mesmo que tenha rascunho de instrução.


Sanzalando

19 de outubro de 2012

palavras perdidas

Parei um segundo para ver as palavras perdidas. Morri porque mataste o que eu sentia e me obrigaste a estar vivo para o mundo, a não chorar quando me apetecia, a sorrir para agradar. Passado esse segundo, olhei à volta e o céu estava azul, o sol brilhava e eu voltava a nascer sem lágrimas nem lutos


Sanzalando

17 de outubro de 2012

montes de palavras

Pego nas palavras que encontro aos montes na minha cabeça como se fossem coisas úteis. Tendo dar-lhes vida, um sorriso. um esboço de brilho no olhar. Desconsigo. 
Odeio-me porque não consigo odiar, nem por um segundo, nem mesmo só porque não te olhei. 
E as palavras continuam sem vida, aos montes à espera que um dia eu consiga soletrar cada palavra com sentimento.


Sanzalando

16 de outubro de 2012

palavras sem vento

Pego na caneta e vou fazendo risquinhos. Não sai nem uma palavra. Afinal o amor sempre deixa uma marca significativa que até pode ser um vazio maior que a solidão

Sanzalando

15 de outubro de 2012

letra por letra

Letra a letra rascunho-me que eu sou aquilo que eu quiser, chegarei onde eu quiser, só não posso é apagar a minha capacidade de sonhar

Sanzalando

13 de outubro de 2012

trocando palavras

Pego em pequenas palavras, alinho-as e vejo que me cansei de ir atrás, agora vou tentar ficar a fazer falta.


Sanzalando

10 de outubro de 2012

palavras sem cor

As palavras continuam descoloridas apesar de tantas cores com que tento escrever. Até as palavras silenciosas criaram voz para me dizer que o melhor é esquecer. Mas não há nada que eu consiga fazer enquanto o coração achar que vale a pena.

Sanzalando

9 de outubro de 2012

palavras dum diário inexistente

Se eu tivesse um diário eu hoje escreveria: sobrevivi! acrescentaria umas 51 vezes: estou bem, obrigado. Sendo que nenhuma seria verdadeira e ninguém me teria percebido. Na verdade quem me pergunta não quer saber mesmo como é que eu estou!


Sanzalando

8 de outubro de 2012

sem legendas

Queria ser um poeta e escrever o teu olhar, mas perdi as palavras por isso só o posso imaginar.


Sanzalando

5 de outubro de 2012

soletrando

Letra a letra soletro como quem aprende a ler: a vida é simples, o complicado sou eu.


Sanzalando

3 de outubro de 2012

palavras descoloridas

Onde está o arco-íris que me prometeram depois de cair a chuva? Continuo a ver as palavras sem cor.


Sanzalando

2 de outubro de 2012

palavras caladas

Poderia ser apenas mais uma madrugada normal e fria como todas as outras tem sido, onde a saudade fica mais intensa lá pelas 3 horas da manhã. Será que chorar é a solução? Definitivamente não e as palavras caladas apertadas num nó na garganta não escrevem frases de futuro. Ver-se-á!


Sanzalando

1 de outubro de 2012

palavras sobrevividas

Tentei sentir raiva, desprezo, desejo ou qualquer outra coisa, mas droga… Era amor e saudade. Em palavras que escrevi, no tempo em que eu sabia escrever, vi que o passado não é como dizem, uma estória enterrada. Duma maneira ou de outra ele vem sempre à superfície.



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