Era uma vez, um dia com imaginação e céu limpo, mar calmo, sem vento e a areia estava úmida pelo frio gelado da noite. Sentei-me nela e com o meu ar mais calmo deste mundo de fantasia me lembrei de contar-me uma estória sobre a lua da manhã que nos está a observar. É, tem dias que a lua nasce de manhã para ver como é que é o dia.
Era um dia normal, comecei eu a falar para a minha plateia de gente nenhuma, na altura em que as noites eram claras como que iluminadas por um farol, sem lua e com muito sol.
Nessa altura havia homens que lutavam à toa entre si, já ninguém lembrava porque eles ainda lutavam em lutas que destruía tudo que estava ao pé e outras coisas que estavam longe e não sabiam. Bem, eram guerras que atingiam toda a gente menos um casal simpático, uma ela dum lado e um ele do outro. A paixão deles era assim como que um trunfo que superava a guerra como se esta fosse um jogo de cartas. A guerra era desnecessária para o casal. Tudo lhes era normal. Victória ela se chamava e Luar o nome dele. Eram-se fieis e todas as noites lá se encontravam perto do mar. Um dia, um desses meninos armado em mais esperto seguiu Victória e lhes encontrou beijando num beijo que teve início e parecia não ia ter fim. Ele, o dor de corno, raivoso, com ódio à flor da pele, sem ofensa para as flores. Silêncio diurno interrompido na noite de grandes gritos quando a dor de corno e mais uns tantos despeitados lhe seguiram e agarraram Luar, lhe amarraram e o deixaram no claro da noite a chorar e a escaldar dia inteiro debaixo de sol até que sucumbiu à morte anunciada duma luz mais clara dum meio dia escaldante.
Com a sua morte uma coisa aconteceu, a luz do farol não mais iluminou a noite e estas ficaram escuras. Victória continuou a caminhar para o mar todas as noites sem parar. Um dia ele olha no mar e vê o brilho baço reflectido da Lua, pensou era o Luar e de novo o farol voltaria a iluminar a noite.
Os homens continuaram a brigar e a menina Victória olhava o reflexo como se este fosse o seu amado Luar que deveria estar ali a seu lado mas agora estava nas ondas calmas do mar. Victória uma noite se afogou na tentativa de abraçar o brilho baço da Luar como se fosse o seu Luar. Victória não sabia nadar.
O mar nada nos diz, Victória já ninguém se lembra e a Luar ninguém lhe dá importância. Lembra-se só que os homens continuaram a lutar e que o amor fez que de vez enquanto houvesse luar.
Sanzalando