De repente dou comigo frente a um poliban. Sim, desses mesmo mínimos em que quando entra um o outro tem de sair. Tem porta que fecha não vai cair a água no resto da casa. Assim a modos que mal comparado tem amores que são tipo poliban. Tão apertado que só cabe um nesse amor. Ele se interessa por tudo o que a ela diz respeito. Ou vice versa que o género não é para aqui importante. São os estudos, os amigos, a família, o trabalho, a respiração, o sorriso e a transpiração. Um recebe tudo e o outro nem retribui. Nem nas angustias. A situação vai andando, levada tanta vezes pela inércia, que um dia porque a paciência se cansou ou simplesmente acabou e tudo acabou, sem brilho, sem chama, sem o rufar dos tambores, apenas pelo cansaço dos amores e as lágrimas das dores. O outro então dá conta que até parece passe de mágica ou drible da vida ela mesmo. Vai ser duro. Insiste. Nada. Vazio onde antes estava cheio. Tudo muda de contornos. São mails, sms e outras tantas modernices. Uma vida desabou e a outra vida se constrói no contraponto. Gato escaldado de água fria tem medo.
De repente dou comigo frente ao poliban, desses mesmo muito pequeno onde afinal ainda há espaço para dois, mesmo que seja por amor.
Sanzalando
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